sábado, 29 de agosto de 2015

Interessante comida peruana em Belo Horizonte

Ceviche de camarão e aspargos, criação do chef Pierre Sablich, com leite de tigre e rocoto. Fotos: Paulo Cunha/Outra Visão/D/JN

Pisco Politan - Pisco, xarope de morango, triple sec e suco de limão

Ronda de Cevicheria - Ceviche clássico, tiradito, arroz com camarão e fry de lula

Estive rapidamente no Peru, em Lima, mas deu para provar excelentes pratos em alguns restaurantes locais. Depois, por incrível que pareça, comi um bom ceviche peruano, no Chile, num almoço no alto de uma das montanhas da cordilheira dos Andes, bebendo vinhos  da Ventisquero. Em Porto Alegre, nunca consegui provar bons pratos peruanos. Agora, descobri o restaurante Inka, que apesar de servir também comida japonesa, segundo Paulo Cunha, oferece excelentes pratos peruanos, elaborados sob consultoria do chefe de cozinha e professor peruano Pierre Sablich. É pioneiro em comida andina em Belo Horizonte, elaborada pelos chefes de cozinha Tarcísio Santos e Marcelo Costa. Um dos diferenciais agradáveis é que tem um pouquinho mais de pimenta brasileira.  Infelizmente, não tem nenhum vinho peruano para a gente provar, mas os espumantes da Casa Valduga, preparados pelo João Valduga na bela adega do Vale dos Vinhedos, estão na carta, bem como os vinhos La Linda, Terra Noble e Amalaya.
No menu andino, tem mais ceviches, inclusive a versão quente e frita (R$ 35,00), tradicional no Peru e pouco degustada por aqui, com farinha japonesa panca, temperado da mesma forma que o frio e que vem com molho, e também uma versão com camarão e aspargos (R$ 44,00), invenção do Pierre, com leite de tigre e rocoto. Há o Nortenho (R$ 51,00), arroz cremoso cozido com extrato de coentro, frutos do mar e molho ají amarillo. Uma opção interessante para aqueles que buscam uma experiência gastronômica é o menu bistronômico, que tem opções diferentes a cada dia, com produtos frescos, para uma refeição completa: entrada, prato principal e sobremesa, pelo valor de R$ 85,00.
Na parte japonesa do restaurante, foram incrementadas as opções de sushis peruanos, com molhos peruanos distintos. “A base é similar aos rolinhos japoneses, porém, possuem mais ingredientes e molhos elaborados e também incluímos muita coisa, como salmão defumado, por exemplo. Outra diferença é que não pode molhar no shoyo”, detalha Pierre. “No Peru, comemos pratos japoneses com menos shoyo. Eu acho engraçado ver os brasileiros comendo comida japonesa, mergulhando os sushis no shoyo. No Peru e no Japão, usa-se bem pouco shoyo. O perigo de colocar muito shoyo é que o alimento perde o sabor, fica com gosto só do shoyo, além de dar muita sede depois”, diverte-se o chef Pierre.
Destaque, também, para alguns drinques peruanos, misturando frutas e ervas. “Bebidas com pisco são muito mais que pisco souer”, ensina Pierre. Foram feitas algumas releituras de drinks clássicos com pisco, como o pisco com energético R$ 22,00 e o Piscopolitan R$ 19,00. A fruta lúcuma entra em dois drinks, um deles com maracujá, com leite condensado R$ 19,00, uma sobremesa em forma de drink. Já o Chica Sour R$ 19,00 tem pisco, suco de limão, xarope de milho roxo. Não falta o tradicional Pisco Sour, com pisco, suco de limão, xarope de açúcar, albumina e gotas de angostura.
O chef Pierre Sablich também é professor de gastronomia numa das melhores escolas do Peru. Um dos profissionais responsáveis pela criação do primeiro cardápio do Inka, em 2010, em 2011, retornou ao Inka, para reformulação do cardápio. Estudioso da área, Pierre conhece as mais novas tendências e técnicas e o ponto certo do uso das ervas e das pimentas, para apresentar sabores verdadeiramente peruanos. Profissional formado em alta gastronomia no Instituto Los Andes, em Lima, o chef Pierre Sablich já passou pela cozinha de importantes restaurantes, como o T’Anta, La Bodega de La Tratoria e Bocatta, e hotéis, como Marriott e Sheraton, e é professor de alta gastronomia. Sablich leciona hoje na escola D´Gallia, e já deu aulas em outras respeitadas escolas de culinária no Peru, como Instituto Los Andes e Inteci.
O  Inka tem capacidade para 100 pessoas e funciona de segunda a sexta-feira, das 18h à 1h; sábado, das 12h à 1h; domingo e feriados, das 12h à 0h. Aceita todos os cartões de crédito. Endereço: Rua Guaicuí, 533 – Luxemburgo – Belo Horizonte (MG) - Telefone (31) 3293 1461 – Facebook – www.facebook.com/inkabh

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