quinta-feira, 24 de abril de 2014

Brasil deve sediar congresso da Organização Mundial da Vinha e do Vinho (OIV) em 2016


                            Jean-Marie Aurand, da OIV, e Carlos Paviani, do Ibravin
                            Foto Cassiano Farina

Dirigentes do setor vitivinícola brasileiro se reuniram com diretor geral da entidade, Jean-Marie Aurand, e propuseram que Bento Gonçalves (RS) sedie o evento. O diretor geral da Organização Mundial da Vinha e do Vinho (OIV), Jean-Marie Aurand, esteve reunido com representantes do setor vitivinícola na tarde desta sexta-feira (11), para tratar sobre a candidatura do Brasil como país sede do Congresso anual em 2016. O grupo aproveitou a vinda do dirigente ao VII Concurso Internacional de Vinhos do Brasil e reforçou o pedido para que o evento ocorra em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha.
Aurand adiantou algumas responsabilidades dos candidatos a país sede. Entre os itens, a proposição de um tema central e do programa científico, as presidências das conferências e a elaboração de um cronograma de visitas técnicas. Outras tratativas relacionaram-se a questão à logística (transporte, alimentação, hospedagem), tradução e de um calendário de eventos sociais que ilustrem a cultura do país.
Pela primeira vez no país, Aurand destacou a qualidade dos vinhos e espumantes apresentados no Concurso Internacional de Vinhos e as paisagens da região. "O Brasil reúne todas as condições para sediar o Congresso, tanto na parte logística quanto de visitas técnicas e da realização das reuniões das comissões temáticas. O que vi aqui foi um setor com grande potencial", resumiu.
O dirigente enfatizou que a decisão sobre o local do evento cabe aos órgãos governamentais brasileiros, mais especificamente o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Aurand também lembrou que a decisão final sobre o tema central e da agenda de discussões científicas cabe à OIV.
O diretor executivo do Ibravin, Carlos R. Paviani, citou o esforço do setor, em conjunto com os órgãos governamentais como o próprio Mapa e a Embrapa Uva e Vinho, que deverá ser a coordenadora científica do Congresso. "Vemos como uma grande oportunidade de colocar o vinho brasileiro na vitrine das discussões técnicas e científicas", disse.
Para o chefe-geral da Embrapa Uva e Vinho, Mauro Zanus, o reconhecimento cada vez maior dos produtos vitivinícolas nacionais justifica o pleito. "A realização do Congresso no Brasil tem um caráter estratégico, numa perspectiva científica de discussão sobre assuntos importantes para a vitivinicultura brasileira", acredita.

Do Ibravin, além do diretor executivo, Carlos R. Paviani, estiveram presentes o vice-presidente do Conselho Deliberativo, Dirceu Scottá, e o diretor Técnico, Leocir Bottega. Da Embrapa Uva e Vinho participaram Zanus e o pesquisador José Fernando da Silva Protas. O diretor executivo da Associação Gaúcha de Vinicultores (Agavi), Darci Dani, o presidente da Comissão Interestadual da Uva, Olir Schiavenin e a gerente geral do Laboratório de Referência Enológica (Laren), Regina Vanderlinde completaram o comitê de entidades do setor na reunião.

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