terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Simone, a sommelier da Vinno responde




                                          Simone Sylvestre sommelier da Vinno
                                           Foto Divulgação

A sommelière Simone Sylvestre passou a integrar a equipe da Vinno, novo e-commerce de vinhos que vem com uma proposta diferenciada: além da comercialização, também disponibiliza conteúdo gratuito para quem quer se aprofundar mais no assunto. Os leitores que tiverem alguma dúvida sobre podem mandar-lhe a pergunta que ela responderá. Há oito anos como sommelière, e há onze morando na Inglaterra, Simone Sylvestre é uma daquelas profissionais que realmente ama a profissão.
Quem gosta de gastronomia, gosta de vinho, e vice-versa. Foi assim que Simone Sylvestre descobriu sua paixão pela bebida. Mas ela foi além. Deixou de lado sua carreira como chef de cozinha, num grande grupo alimentício, para se dedicar integralmente ao vinho. “Trabalhava na Compass Group, na Inglaterra, quando me vi totalmente ligada ao vinho. A gastronomia me trouxe esse fascínio, que permanece e cresce até hoje”, relembra. Apoiada pela família, Simone não pensou duas vezes e foi atrás de seu novo objetivo: se tornar uma grande profissional de vinho. E ela conseguiu. Hoje é formada na renomada escola Wine & Spirit Education Trust, já conquistou a importante certificação WSET Nível 3 e está emprocesso de conclusão do Nível 4. Todo esse empenho rendeu trabalhos em restaurantes, hotéis, participações em competições, coluna em revista e experiência como educadora nessa área. “Como sommelière, trabalhei nos restaurantes Roux at Parliament Square e Le Gavroche. Este último, sem dúvida, foi o degrau mais importante na minha carreira”, afirma ela, que por conta da profissão teve a chance de conhecer diversos países – e terroirs. Morando na Inglaterra há onze anos, a sommelière decidiu voltar a morar no Brasil, mas sua base sempre será o país que a acolheu. “No momento, estou trabalhando como consultora para a Vini Italiani fazendo todo o trabalho de curadoria, ou seja, escolhendo e comprando os vinhos que acredito que valem a pena”, complementa.
Na Vinno não será diferente. Simone, aqui no Brasil, trabalhará exclusivamente para a empresa e ajudará na curadoria dos vinhos, principalmente na seleção de rótulos italianos. Para ela, o mais importante na aquisição será focar nos nacionais e na diversidade dos internacionais. “Vou atrás de uvas diferentes, não muito conhecidas. Quero fazer, de fato, uma seleção onde podemos oferecer um ótimo custo-benefício e, claro, vinhos interessantes”, explica. Para que a Vinno ofereça preços ainda mais atrativos, a ideia é estreitar o contato com produtores e enólogos e, assim, formar um time. “Com isso, os clientes sairão ganhando”, comenta.
Tanto a Simone quanto a Vinno acreditam que beber vinho não tem de ser sinônimo de complicação, e sim, um momento prazeroso. “Gostei muito da proposta da Vinno, que é de educar os consumidores, despertando a curiosidade em experimentar novos rótulos. Por trás de cada vinho existe uma historia rica, uma mão de obra, um romance e até mesmo uma ciência. Estou convencida de que, juntos, vamos proporcionar uma nova experiência para os amantes da bebida”, afirma ela, que tem uma meta já traçada na empresa. “O meu objetivo é fazer com que os consumidores viagem pela origem do vinho, mergulhando pela história e queiram degustar o prazer de aprender”, diz.
Para Simone, o maior erro dos consumidores é querer impressionar alguém com determinados rótulos. “Acho que o vinho ainda é visto no Brasil como a ‘bebida para celebração’, enquanto em outros países, simplesmente, como uma bebida do dia a dia. Muitas pessoas acabam comprando um vinho sem saber a história, o sabor ou até mesmo a uva utilizada. Nunca pense que vinho caro será sua melhor escolha”, alerta.
Ao ser questionada sobre o mercado brasileiro, a sommelière garante vê-lo com bons olhos. “Recentemente estava lendo uma pesquisa realizada pelo IAM&M (Instituto de Assessoria Mercadológica e Mercadométrica), que dizia que nos últimos dez anos, o consumo de vinho dobrou e isso me animou muito. Acredito que o mercado ainda tem muito a crescer”, comemora. Segundo a profissional, não apenas o consumo no País melhorou como também os vinhos nacionais apresentam qualidade mais elevada. “Nos últimos anos, o Brasil deu um grande salto na qualidade de vinhos, tanto na seleção de uvas (os produtores estão entendendo melhor seu próprio solo) como na produção. O Brasil tem grande potência e clima para obter e, assim manter, uma qualidade espetacular, resultando em bebidas mais equilibradas, não muito alcoólicas, vinhos mais frescos e ainda assim gastronômicos”, conclui.


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