segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Ibravin realiza pesquisas para mapeamento de mercado e sobre realidade das empresas vinícolas



Levantamento de informações das pesquisas sobre vinícolas deve ser concluído em dezembro.Silvia Tonon/JN



Será que meu amigo Raymundo Paviani vai dizer qual a maior vinícola brasileira?Arquivo JN

O Ibravin, que, desta vez, parece que tomou conta do Blog, pois temos várias notas sobre ele, está fazendo uma pesquisa em busca de uma informação que eu, como repórter do setor de vinhos, busco há 40 anos! Só espero que, quando a obtiverem, a divulguem e não mantenham o comportamento atual do setor que esconde os dados sobre quem é a maior vinícola brasileira. Pedi esta informação, por escrito, ao presidente da Uvibra, que tem os dados, e ele respondeu que não podia divulgar. Não sei porque, pois é uma informação que teria que ser pública. O problema é que uma vinícola diz que é maior que a outra e a outra contesta. Não há um terceiro, isento, que dê a informação correta.
Pois bem, agora, o Ibravin, em parceria com a Universidade de Caxias do Sul, sairá em busca de informações que ajudarão no direcionamento de estratégias setoriais. Uma para verificação de informações mercadológicas e outra para atualização e ampliação de dados do setor vinícola do Rio Grande do Sul. Ambas estão sendo desenvolvidas em convênios com a Universidade de Caxias do Sul (UCS) e devem ter a coleta de dados encerradas até o final de dezembro.
A primeira delas, realizada pelo Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais (Ipes) da UCS, consiste em um levantamento junto ao mercado para verificar o preço que vem sendo efetivamente praticado na aquisição do vinho de mesa a granel. O trabalho abrangerá as vinícolas gaúchas e seus principais clientes localizados nos demais estados. Os resultados ajudarão a construir as políticas públicas de apoio ao setor e de controle de estoques, dentre as quais a de preços mínimos e de escoamento da produção operadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, Alceu Dalle Molle, argumenta: “O levantamento começará a formar um banco de dados. As informações servirão para comprovar que o vinho de mesa a granel tem sido comercializado por um valor abaixo até dos custos de produção. A Conab precisa se embasar em números para desenvolver as políticas”. Segundo o dirigente, o cenário atual para os produtores de vinho a granel é preocupante. Isso, porque o vinho de mesa corresponde a 85% do total de vinhos elaborado pelo setor e cerca de metade dele é comercializado a granel.
Em 2013, a perspectiva do setor é de chegar ao final do ano com 270 milhões de litros de vinho de mesa estocados. Considerando que o estoque de passagem gira em torno de 150 milhões de litros, o estoque excedente ficará em torno de 120 milhões de litros. Segundo Dalle Molle, os estoques tem aumentado porquê, nos últimos cinco anos, não houve aumento no preço da bebida a granel. Pelo contrário, ocorreu redução, apesar da incidência de aumentos gerais como inflação e impostos. 
Já a segunda pesquisa é uma qualificação das informações a respeito do setor vitivinícola do Estado, de forma a traçar um perfil atualizado das indústrias. A coleta de dados está sendo feita junto às 702 vinícolas, sendo desenvolvida por membros do Programa de Pós-Graduação em Administração do Campus Região dos Vinhedos da UCS (Carvi).
O censo, de acordo com o diretor executivo do Ibravin, Carlos R. Paviani, permitirá que as informações que se tem no Cadastro Vinícola sejam ampliadas, analisadas e complementadas. “Teremos ideia da estrutura mais atual de produção das empresas, os investimentos e perspectivas de futuro. Poderemos saber quais os mercados nos quais essas vinícolas estão atuando, dimensionando-os. O objetivo, resumidamente, é ampliar a comunicação e a base de informação sobre o setor”, argumenta.
Os dados do censo deverão também auxiliar ao Ibravin a avaliar os produtos e serviços oferecidos para o segmento, além de propor e implementar ações mais focadas nas necessidades e perfil de setor apurado.



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