sábado, 7 de dezembro de 2013

Dal Pizzol – muito além da taça

Rinaldo e Antônio Dal Pizzol no Vinhedo do Mundo, em Faria Lemos, Bento Gonçalves
Arquivo JN

O Instituto Dal Pizzol, como seu Ecomuseu da Cultura do Vinho, em Faria Lemos, em Bento Gonçalves, junto à Vinícola Dal Pizzol, passou a integrar a Asociation for Culture and Tourism Exchange, uma das mais importantes entidades voltadas à cultura do vinho na Europa. A ssinatura do acesso contou com a presença do espanhol Santiago Vivanco Sáenz, que compartilhou a criação do maior museu privado da cultura do vinho no mundo, o Museu de La Cultura Del Vino, em Briones, La Rioja, na Espanha. O museu funciona junto a Bodegas Dinastia Vivanco, da qual Vivanco é diretor administravo.
Aberto à visitação pública, e com o papel de promover a história e a cultura do vinho, o Ecomuseu da Dal Pizzol, reúne 151 vinhos nacionais, 60 internacionais, 24 garrafas de designers estrangeiros e 99 saca-rolhas, tendo entre seus desatques uma garrafa do Cabernet Granja União elaborado em 1937. Instalado junto ao Parque Temático Dal Pizzol, sob o comando dos irmãos Antonio e Rinaldo Dal Pizzol, o espaço possui capacidade para receber quase 250 amostras de vinhos históricos.
Ao lado do museu histórico, há, também, um “museu vivo”, com mais de 160  espécies de  parreiras oriundas de 22 países das mais diferentes partes do mundo, todas frutificando normalmente e de cujas uvas é feito, todos os anos, um vinho com varietais selecionados, usado para festividades especiais. Já existem três safras do Vinum Mundi, elaborado sob o comando do enólogo Dirceu Scottá.
 É um privilégio conhecer o Vinhedo do Mundo, um projeto lançado ainda em 2005 pela Dal Pizzol Vinhos Finos. Desde 2011, a vinícola realiza a colheita simbólica, celebrando a cultura do vinho e a solidariedade entre as nações representadas pelas 164 variedades de uvas de 22 países que hoje compõem o vinhedo. Em plena contagem regressiva para a 4ª colheita simbólica, programada para fevereiro de 2014, a vinícola também cuida dos últimos detalhes do Vinum Mundi 2013, que chega para brindar a safra. Não se trata, como consequência, de um vinho comercial, pelo contrário, a intenção é cultural, expressando e simbolizando a solidariedade dos povos e sua cultura. O acompanhamento e avaliação das potencialidades enológicas das uvas é feita através de um programa de vinificação desenvolvido junto com a Embrapa Uva e Vinho. A colheita simbólica integra a programação do Bento em Vindima.

Único nas Américas, o Vinhedo do Mundo é uma coleção de variedades vitis do planeta. Em oito anos de trabalho, já são 164 variedades de videiras de 22 países, ocupando 0,7 hectare, mas a intenção é ultrapassar 400 variedades. Com a primeira colheita simbólica, realizada em 2011, resultou o Vinum Mundi, elaborado a partir da uva de 20 variedades, e que foi degustado no dia da colheita passada. A a safra 2013 foi brindada com o Vinum Mundi 2012, elaborado a partir de um gran assemblage com as 36 variedades colhidas em 2012; e, em 2014, brindaremos com o 2013. Espero estar lá, ao lado dos meus amigos Antonio, Rinaldo e Dirceu. Aliás, o Rinaldo está me devendo algumas informações sobre a história da criação de um Museu da Ovelha.

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