segunda-feira, 17 de junho de 2013

Um espaço à altura da história do vinho


                                Rinaldo Dal Pizzol, vinhateiro e historiador
                                             A coleção de saca-rolhas sempre em crescimento
                                              Fotos Lucinara Masiero

A cultura do vinho está diretamente envolvida com a valorização de quem o produz. Ciente da história e da tradição que uma garrafa de vinho carrega é que o Instituto R Dal Pizzol criou o Eco Museu da Cultura do Vinho Dal Pizzol, um espaço instalado dentro do Parque Dal Pizzol, em Faria Lemos, Bento Gonçalves. O ambiente comporta 235 exemplares de vinhos, garrafas exclusivas e outros objetos históricos da vitivinicultura. O projeto do museu conta com recursos da Lei de Incentivo à Cultura Rouanet.
O Eco Museu é um espaço aconchegante capaz de transportar o visitante para as décadas onde a bebida foi recém descoberta em solo brasileiro, produzida de forma manual e bastante artesanal. Os exemplares de vinhos disponíveis para visitação são preciosos e frutos de uma coleção histórica, adquiridas em viagens internacionais feitas pelo presidente do Instituto, Rinaldo Dal Pizzol. É possível, por exemplo, ter acesso ao Cabernet da Granja União, fabricado em 1937. São peças únicas e que carregam valor histórico inegável. “A história do vinho se confunde com a história do ser humano e de toda sociedade. É importante conhecer um pouco mais dele de perto”, sentencia Rinaldo.
Essas raridades estão catalogadas de forma moderna, em recipientes de vidro com iluminação diferenciada em pequenos blocos dispostos nas paredes da sala. As peças estão divididas em Vinhos Históricos do Brasil, Vinhos Internacionais, Garrafas de Vinho e Saca-Rolhas. São 151 vinhos nacionais, 60 internacionais, 24 garrafas de designers estrangeiros e 99 saca-rolhas. O acervo ainda conta com espaço para as ânforas de origem italiana, itens essenciais para o transporte do vinho na antiguidade, e destilador e ebuliômetro familiares e manuais, datados de 1920, também podem ser observados.
Visitando o museu é possível conhecer, por exemplo, vinhos produzidos na África do Sul, Argélia, Armênia, Bolívia, Canadá, China, Japão e Coréia. Mas não só os vinhos, mas como também as garrafas que armazenam a bebida elaboradas em diferentes países com designes que incluem porcelana, madeira e até couro. E o Eco Museu Dal Pizzol deve se expandir: a intenção é que o acervo aumente nos próximos anos. O Eco Museu da Cultura do Vinho Dal Pizzol está aberto diariamente para visitação, sem custo ao visitante. Grupos devem pré-agendar pelo telefone (54) 3449.2255.
Algumas raridades:
Cabernet Granja União – 1937
Toda coleção de vinhos Dal Pizzol, com a primeira safra engarrafa em 1977.
Brut Imperial Chandon – 1966
Quinado e Moscatel Aurora – 1949
Cabernet Palácio – 1952
Bonarda S. Fontanive e Filhos – 1962
Fundado em 2012, o Instituto R Dal Pizzol visa promover amplo processo de salvaguarda, exposição e difusão da memória material e imaterial da cultura vitícola. Para tanto, está qualificando o seu espaço de exposição com recente sala de exposição de longa duração, tramita no Ministério da Cultura o Projeto de construção de nova edificação e dedica-se a duas publicações inéditas: Paisagens vitícolas e Memórias do Vinho Gaúcho, ambas obras de referência com a participação de especialistas nacionais e internacionais.
Peças catalogadas e mostradas de madeira moderna

Presidido por Rinaldo Dal Pizzol, o Instituto já tem parcerias com Instituições italianas asseguradas, o que vai permitir contar com uma biblioteca com raras publicações e outras só encontradas naquele país. O Instituto conta com a Vinícola Dal Pizzol como mantenedora.

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