segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Vindima 2013 - 25 - Uma madrugada fria nos vinhos da Mioranza



A mesa posta, ainda escuro, para a colazione no vinhedo

                               Colazione nos vinhedos da Mioranza


                                            Antonio Mioranza começou como caminhoneiro
                                            Foto Francisco Pinto

O dia 5 de fevereiro começou cedo para os integrantes da turma de jornalistas que visitava os vinhedos dos Altos Montes. Saida do Hotel Flores da Cunha às 5h30min rumo aos parreirais da Vinícola Mioranza, onde Antonio Mioranza e seus enólogos nos esperavam para uma “colazione” e acompanhamento da colheita das primeiras uvas ao amanhecer. O café no vinhedo foi uma experiência inédita e gostosa, apesar do friozinho da manhã sem sol. Ficamos lá até cerca de 10h e o danado não saiu detrás das nuvens.
Pão italiano caseiro, queijo, salame, vinho, suco de uva, geléias e café preto, servidos sobre uma mesa colocada entre as fileiras de espaldeiras com Merlot, Cabernet Sauvignon Moscato, Ancellota, Malbec e outras uvas, marcou o início de um dia que seria muito longo. Passamos pelos vinhedos de latada, com uvas americanas ou híbridas, onde homens e mulheres colhiam para a produção de vinhos de mesa e sucos. De acordo com Antonio Mioranza, sua produção, em 2012, foi de 5 milhões de litros de vinhos de mesa e finos e de sucos de uvas. Este ano, ele espera chegar a 7 milhões de litros. Cerca de 3% são vinhos finos. O lançamento deste ano será um Torbello.
Depois da “colazione”, fomos para a cantina, conhecer os vinhos finos da casa, especialmente os da linha Alvise – Cabernet Sauvignon, Merlot, Chardonnay e os espumantes Moscatel e Brut –, Catania – Tinto Fino Seco, Tinto Fino Demi-Sec, Tinto Fino Suave, Branco Suave, e espumantes Meio Doce e Brut – e Mioranza – Tinto Seco, Tinto Suave, Branco Seco, Branco Suave e suco de uva. Enquanto bebíamos, seu Antonio contava uma pouco de sua história de filho de uma família que teve 13 filhos, morava em área de terra pequena, e teve que sair para o mundo em busca de sobrevivência, assim como seus demais irmãos. Depois de anos num colégio interno, foi ser caminhoneiro e leva garrafões de vinho sobre a carga. Vendia-os para donos de bares e restaurantes portugueses no Rio de Janeiro e, assim, descobriu que o vinho era bom negócio. Em 1964, a família começou a vinícola, que Antonio dirige hoje, sem deixar de comandar uma importante empresa de transportes.

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