terça-feira, 9 de outubro de 2012

Plinio Pizzato – Há 60 anos trabalhando com uvas



Plinio Pizzato adora trabalhar com os parreirais




Bete Duarte, de ZH, consultando o cardápio da Pizzaro


A vinícola Pizzato é de tamanho médio, com 26 hectares em Santa Lúcia, no Vale dos Vinhedos, e 16h em Dr. Fausto, fora do vale, mas seus vinhos são famosos pela qualidade, resultado dos bons vinhedos e da dedicação de Plinio Pizzato e seus filhos. Plinio se orgulha de trabalhar desde os 10 anos de idade no meio dos parreirais, seguindo a tradição de Antônio Pizzatoi, que veio do Vêneto, na Itália, para o Rio Grande do Sul no final dos anos de 1800. Depois da clássica visita aos vinhedos, que estão brotando nesta época, e à cantina, onde os grandes tanques de aço inoxidável e as barricas de carvalho guardam os vinhos, fomos paraum almoço, pois a pequena vinícola está preparada para receber visitantes do enoturismo.
O aperitivo foi um espumante Pizzato Brut Branco, champenoise, chardonnay-pinot noir, vinificado em branco, com madurecimento sobre borras de 9 meses. Depois, a salada de folhas variadas, nozes e lascas de parmesão com vinagrete de mel e mostarda, foi harmonizada com Pizzato Chardonnay 2012, um vinho concentrado e estruturado, mas mantendo o frescor e a mineralidade, sem carvalho, que vai ser D.O., como ressaltou Flávio Pizzato, filho e enólogo da casa.

O primeiro prato foi Escondidinho, harmonizado com Pizzato Reserva Merlot 2009, vinho referencial da casa e que se tornou, desde a primeira safra, em 1999, importante elemento para a mudança de visão dos brasileiros sobre a uva merlot. Inclusive, hoje ela está quase sendo entronizada como a uva ícone do País. Mas ainda falta um pouco para isso. O quarto vinho foi um lançamento da Vinícola Pizzato, um Fausto Gran Reserva Verve 2009, com uvas da Linha Emilia, em Doutor Faustro de Castro, região fora do Vale dos Vinhedos, mas relativamente perto, que acompanhou o segundo prato, uma costela confit com purê de batata doce e farofa de erva mate. Trata-se de um corte merlot, cabernet sauvignon e tannat, com passagem rápida por carvalho de baixa tostagem, estilo Novo Mundo. Tem frescor com três anos de idade e deverá mantê-lo aos 5/6 anos.
A sobremesa – pannacotta com calda de morangos – foi harmonizada com Fausto Brut, espumante de 13,6% de álcool, que Flávio Pizzato chamou de “espumante de havaianas”, a partir de vinho base chardonnay e blanc de noir (merlot/cabernet sauvignon), cujos cortes resultaram num espumante agradável e fresco. Uma novidaqde da Pizzato, mas esta não cheguei a provar é a elaboração de vinho fino suave! De acordo com Flávio Pizzato, é uma tendência de oferecer qualidade de viníferas àquele mercado brasileiro enorme que gosta de vinho adocicado. É, também, dentro da tendência de diminuição do grau alcoólico do vinho.







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