sábado, 4 de agosto de 2012

Vale dos Vinhedos começa a dar “forma” as suas videiras


                                   Em plena dormência dos vinhedos, produtores iniciam a poda
                                   Foto: Gilmar Gomes
O cenário no Vale dos Vinhedos muda durante o inverno. As folhas dos parreirais caem, as videiras hibernam e o solo amanhece coberto de gelo, quando acontece o fenômeno da geada. A rotina dos vitivinicultores também muda, pois eles começam a preparar o solo, podar as plantas e replantar algumas videiras. Cada estação do ano é um novo ciclo vivido na região. Enólogos e engenheiros agrônomos não descuidam do solo e se preparam para dar início à poda, processo de manutenção do vinhedo e que vai harmonizar a produção.
O diretor técnico da Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale), e também enólogo Daniel Dalla Valle, cita as mudanças que ocorrem no Vale nessa época do ano. “Enquanto os vinhedos permanecem em dormência, aproveitamos para fazer a manutenção da planta. Algumas precisam ser removidas, outras replantadas ou reparadas”, explica. Mas a etapa do ciclo da videira que caracteriza o inverno é a poda, mais um ritual que serve de atração aos visitantes. Essa prática já está em ação no Vale devendo se estender até final de agosto.
Outro procedimento utilizado no inverno é a poda, que consiste em retirar o excesso de galhos da videira e deixar, estrategicamente, apenas aqueles que serão produtivos, dando a forma que se quer para a mesma. Durante essa fase, é feita a manutenção do vinhedo com o replantio de plantas mortas, substituição de arames e postes de sustentação, adubação e correção do pH do solo, se necessário. A poda também pode definir a característica da uva, bem como a qualidade da fruta.
De acordo com Dalla Valle, existem vários objetivos na poda das videiras. “A poda também tem como função limitar o número de gemas para regularizar e harmonizar a produção, contribuindo para o equilíbrio vegetativo da planta. O controle de produção, existente no Vale dos Vinhedos, prioriza a qualidade da uva em detrimento da quantidade”, alegou. No caso das variedades tintas o limite de produtividade é de 10 toneladas por hectare, o mesmo para as brancas. Já para as uvas a serem utilizadas na elaboração de espumantes a quantidade vai para 12 toneladas por hectare. E para quem está implantando novos vinhedos, o período é ideal para a preparação do solo.

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