sábado, 30 de junho de 2012

Futuro do vinho de mesa foi tema de seminário

A viabilidade econômica dos vinhos de uvas americanas esteve em debate, dia 28 de junho, no Salão Paroquial de Forqueta, em Caxias do Sul (RS). O evento faz parte da Festa do Vinho Novo 2012, uma festa gastronômica, que abriu no sábado (30) e segue até 15 de julho, sempre às sextas, sábados e domingos, com shows e desfiles temáticos. Uvas americanas ou híbridas – como Bordô, Niágara e Isabel – são aquelas destinadas à produção de vinhos de mesa ou suco. Elas somam cerca de 80% da produção brasileira de uva. O enólogo francês Michel Rolland disse, certa vez, em minha presença, que o Brasil somente será reconhecido como produtor de vinhos de qualidade quando acabar com o chamado “vinho comum”. Quase deram nele no Rio Grande do Sul!
O diretor-executivo do Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho), Carlos Raimundo Paviani, abriu o evento, falando sobre o panorama atual da vitivinicultura nacional. Foram discutidos aspectos importantes para manutenção do trabalho dos pequenos produtores gaúchos e brasileiros e também novas políticas para a valorização dos vinhos de mesa elaborados com uvas americanas. A importância das cantinas rurais foi debatida logo após a explanação de Paviani pelo engenheiro agrônomo Luiz Rizzon. O presidente da Fecovinho e da Cooperativa Vinícola Garibaldi, Oscar Ló, e Renato Damian, da Associação Proghoeste, fizeram um relato de suas experiências associativas.
No início da tarde, a produção dos vinhos de mesa foi tratada em painel reunindo Nilton DeBen (Ministério do Desenvolvimento Agrário), Fernanda Mari Zattera (Revinsul - Rede de Vinícolas de Caxias), Olir Schiavenin (Comissão Interestadual da Uva), Evandro Lovatel (CIC – Centro da Indústria e Comércio). O moderador foi Mauro Cirne, da Associação dos Engenheiros Agrônomos da Encosta Superior do Nordeste (Aeane).
Segundo o presidente da Festa do Vinho Novo, Felipe Slomp Giron, é importante que se abra um espaço na celebração para definir os novos rumos do setor e discutir também questões tributárias. “O vinho de mesa deve ter um tratamento diferenciado no que diz respeito à tributação e acredito que seja extremamente importante debatermos sobre isso. Ele faz parte de nossa cultura e é responsável por boa parte do desenvolvimento econômico na região”, afirma.

Nenhum comentário: