quinta-feira, 1 de março de 2012

Sindivinho-RS mobiliza setor e propõe ações para modernização da vitivinicultura





Mais de 30 representantes de prefeituras, secretarias, entidades e empresas prestigiaram reunião em Flores da Cunha.

Crédito da foto: Isabel Lermen/Divulgação/Sindivinho
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“A Serra Gaúcha precisa de modernização urgente, mais do que qualquer outra região vitivinicultora do país”. O alerta da presidente do Sindicato da Indústria do Vinho do Rio Grande do Sul (Sindivinho-RS), Cristiane Passarin, veio a público em reunião do setor com prefeito da Serra Gaúcha promovida em Flores da Cunha, na quinta-feira (23). Uma ideia da complexidade da pauta – o Programa de Modernização da Vitivinicultura – pode ser extraída da duração do encontro: cerca de 4 horas, desde o meio da tarde até o início da noite. Entre as ações resultantes do diálogo, propostas de novas linhas de financiamento, com juros diferenciados, e estímulos à assistência técnica.
“Foi bastante produtivo. Entre prefeitos, secretários, empresários e representantes de entidades do setor, reunimos mais de 30 pessoas. O principal é que pudemos explanar a todos, principalmente ao poder público, o que seria preciso para a modernização das vinícolas que apresentem necessidade e das propriedades rurais”, complementa Cristiane.
Entre as propostas, destaca-se uma linha de financiamento específica para a atualização tecnológica da indústria e também dos produtores, por meio do Programa Nacional de Apoio e Financiamento da Agricultura Familiar (Pronaf). Quem aderir, passa a contar com juros diferenciados.
O funcionamento é simples: os vinicultores dizem aos produtores em qual variedade de uva estão interessados. Os produtores, então, plantam esta variedade específica, contando com assistência técnica e garantia de compra da uva a preço justo. “Assim, vamos eliminar os parreirais defasados e tornar os viticultores mais competitivos”, esclarece a presidente do Sindivinho-RS.
A necessidade de assistência técnica, a propósito, foi outro aspecto abordado com ênfase. O sindicato mostra preocupação com os cultivos familiares. “Precisamos de apoio das prefeituras para buscar verbas. Sem o envolvimento do poder público, fica muito difícil”, pondera Cristiane.
Depois deste primeiro, os encontros devem ganhar regularidade ao longo do ano. O principal motivo reside na urgência de ganho em competitividade do setor na região. “Foi muito importante esta primeira reunião, porque muita gente não tinha conhecimento da gravidade do problema. Em outras regiões a tecnologia vitivinícola está muito avançada”, conclui a presidente do Sindivinho-RS.

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