quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Controle de parasitas em ovinos e caprinos ganha aliado

O zootecnista Paulo de Tarso, do Mato Grosso, manda este texto com informações sobre controle parasitário:
"A resistência a produtos antiparasitários do Haemonchus contortus é um dos principais problemas na criação de ovinos e caprinos no país. O parasita, que se alimenta de sangue, é responsável pela anemia hemorrágica dos animais, interferindo no processo digestivo e causando perda de peso, edema mandibular e emagrecimento progressivo. Para o controle das doenças gastrointestinais, a Universidade de Passo Fundo trabalha há seis anos com o método Famacha na região do Planalto do Rio Grande do Sul.A professora Maria Isabel Botelho Vieira explica que, com a metodologia, é possível avaliar a necessidade de tratamento das verminoses gástricas. Os ruminantes são acompanhados em períodos de 14 a 18 dias, levando-se em consideração as condições climáticas de cada região, já que temperatura e umidade são fatores que facilitam a proliferação dos nemátodos. Ela alerta que o produtor rural deve estar atento, sobretudo, às propriedades com grandes rebanhos. O método Famacha é feito através de uma cartela, que mostra cinco níveis de coloração. Com essas cores, o pecuarista pode identificar na mucosa ocular inferior dos animais o grau de anemia. Para as duas primeiras colorações, não é necessário tratamento fármaco. Já a partir do nível três é preciso identificar com um médico veterinário quais os remédios a serem utilizados. Patenteado por dois pesquisadores da África do Sul, o cartão pode ser adquirido pelos ovino e caprinocultores pelo preço de R$30 a R$40. Nosso trabalho é feito desde 2004 e o principal resultado obtido foi a redução de custos com tratamentos. É um fato positivo não só pela diminuição no uso de fármacos, e com isso reduzimos a resistência parasitária, mas também o impacto ambiental, pois quanto menos produtos utilizados menor é a quantidade de resíduos que vão para o ambiente e para a carne dos animais — afirma Maria Isabel, destacando ainda que, com o surgimento do Famacha, os proprietários rurais podem reduzir os tratamentos de seis para duas vezes ao ano. A coordenadora do curso de medicina veterinária da Universidade de Passo Fundo ressalta que outra ferramenta importante de diagnóstico é o uso de dados de ovos por grama de fezes (OPG), um aliado importante ao método sul africano. Ela diz o Famacha não deve ser aplicado sozinho e, sim, servir como mais uma alternativa, assim como outras técnicas de pastoreio rotativo ou alternado com outras espécies de ruminantes.Os pecuaristas podem adquirir o cartão Famacha com os professores Marcelo Beltrão Molento, da Universidade Federal do Paraná, pelo telefone (41) 33505618 begin_of_the_skype_highlighting (41) 33505618 end_of_the_skype_highlighting e Maria Isabel Botelho Vieira, de Passo Fundo, pelo (54) 3316-8485 begin_of_the_skype_highlighting (54) 3316-8485 end_of_the_skype_highlighting ou pelo e-mail marisabel@upf.br.”

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