quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Wines of Brasil prospecta mercado no Japão

Primeiro Brazilian Wine Bar abrirá nesta quinta-feira (18) no centro de Tóquio e várias importadores manifestaram o interesse em comprar os vinhos brasileiros.O projeto Wines of Brasil (Wof), realizado pelo Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho) e pela Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) está prospectando mercado no Japão, através da trading Suriana Trademasters, de Angela Hirata, contratada para auxiliar no posicionamento dos vinhos brasileiros no exterior. A representante da empresa, Francine Harumi Kaga, esteve reunida no final do mês de outubro com a Embaixada Brasileira de Tóquio, que prometeu apoio e suporte à promoção dos vinhos do Brasil no país e solicitou que o Japão seja incluído entre os mercados-alvo do projeto Wines of Brasil. Foi sugerida também a realização de um evento de degustação para a Associação de Sommeliers do Japão em 2011, com apoio da Embaixada.
A consultora Francine Kaga ainda manteve encontros com diversos importadores de vinhos. A empresa Yokotore Trading, proprietária do sofisticado restaurante Sabroso em Yokohama manifestou interesse em importar alguns rótulos do Brasil, não somente para atender o Sabroso, como também para comercializar por meio do seu canal de distribuição a outros restaurantes. “A trading distribui alimentos importados para diversos restaurantes no Japão, possuindo um ótimo canal de distribuição para os vinhos brasileiros”, relata Francine, acrescentando que o diretor da empresa, Ohnuma San, degustou alguns espumantes “e ficou impressionado com a qualidade e o frescor dos produtos”. A consultora deixou outras amostras de rótulos brasileiros de vinhos tintos com Ohnuma San.Em um dos maiores distribuidores de destilados do Japão, o Tanaka San - Japan Import System, que trabalha apenas com produtos sofisticados e fornece bebidas à família imperial japonesa, foram deixadas amostras de vinhos e espumantes, assim como no Ikemitsu Enterprises Vintners, um importador com grande canal de distribuição de vinhos em restaurantes e hotéis.A prospecção, realizada de 13 a 17 de outubro, incluiu também uma visita à importadora de vinhos da Mitsubishi, que não descartou a possibilidade de compra dos produtos brasileiros, apesar de ter mais interesse por vinhos baratos a granel, que compram do Chile e revendem às vinícolas japonesas. Segundo a consultora Francine Kaga, “o mercado japonês dá muita importância para a embalagem. O rótulo e a história da vinícola também são elementos muito valorizados”. Uma das conclusões da prospecção foi a de que há necessidade de mais ações promocionais para a construção da marca e visibilidade dos vinhos do Brasil no Japão. “O apoio da Embaixada Brasileira em Tóquio será fundamental para isto”, diz a gerente do Wof, Andreia Gentilini Milan. Para o próximo ano, o Wines of Brasil estuda a participação na feira Wine & Gourmet Japan 2011, que ocorrerá de 6 a 8 de abril de 2011. Esta é a feira japonesa mais importante para o segmento de vinhos, direcionada para um público mais sofisticado de restaurantes, hotéis e casas especializadas.
Os vinhos brasileiros estarão no menu do primeiro Brazilian Wine Bar, que será aberto nesta quinta-feira (18/11), no centro de Tóquio, no Japão. Os proprietários são os empresários Shimizu San (japonês) e Kaneko San (nissei) que importam produtos brasileiros. Inicialmente, o bar comercializará vinhos e espumantes da Miolo e logo começará a oferecer produtos de outras vinícolas verde-amarelas, pois já tem negociações iniciadas com Aurora, Casa Valduga, Pizzato, Santo Emilio e Salton, por meio da Suriana Trademasters.
- O Japão é o segundo maior consumidor de vinhos da Ásia, tendo registrado um moderado aumento de consumo de 0,03% entre 2004 a 2008, e com uma prospecção de aumento de 3,65% de 2009 a 2013.- Ainda é líder na importação de vinhos da Ásia, mesmo com o agressivo aumento de importação de vinhos na China devido à tarifa zero de importação em Hong Kong.- Importações da França, Itália e EUA se mantiveram estáveis em 2009, enquanto que os vinhos do Novo Mundo tiveram significante crescimento, a exemplo de produtos do Chile, da Espanha e da África do Sul.

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