quarta-feira, 21 de abril de 2010

Vinícolas brasileiras no Sial Montreal 2009

Além de vinhos e espumantes, empresas levarão o suco de uva 100% natural para a principal feira de alimentos e bebidas do Canadá.Os vinhos brasileiros iniciam nesta quarta-feira (21) a segunda participação coletiva consecutiva no Salão Internacional da Alimentação (Sial) de Montreal, no Canadá, 6º destino dos produtos verde-amarelos no ano passado, com 4% do total exportado, mesmo volume de Holanda e Suíça. A comitiva brasileira organizada pelo projeto Wines From Brazil (WFB), realizado pelo Ibravin e pela Apex-Brasil terá três vinícolas: Galiotto, Lidio Carraro e Irmãos Molon, que participou da feira no ano passado. A Lidio Carraro estará presente pela primeira vez no Sial, assim como a Galiotto, que faz a sua estreia em feiras internacionais. A feira segue até sexta-feira (23).
As empresas ocuparão o estande do Consulado Geral do Brasil em Toronto, com o apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE). “O Canadá está entre nossos oito mercados prioritários, por isso a presença na feira tem o objetivo de aumentar a participação das vinícolas brasileiras neste que é um dos maiores mercados do mundo”, afirma a gerente de Promoção Comercial do WFB, Andreia Gentilini Milan. O consumo per capita dos canadenses chega a 14,2 litros/ano, totalizando 350 milhões de litros – 70% importado de outros países.
A Lidio Carraro vai a feira depois de ter, em 2009, dois produtos incluídos no “The Best of Both World”, publicação do SAQ Monopólio do Quebec, que indica os melhores vinhos do mundo. Além de vinhos e espumantes, a Irmãos Molon e a Galiotto irão levar suco de uva 100% natural. A ação faz parte do Programa de Desenvolvimento Setorial do Suco de Uva, que também tem o Canadá entre os seus quatro mercados-alvo para este ano e o próximo. O programa é desenvolvido em parceria com o Ibraf (Instituto Brasileiro de Frutas) e a Apex-Brasil.
Seis das 39 vinícolas brasileiras integrantes do Wines From Brazil já exportaram US$ 183 mil para o Canadá. As vendas ao país da folha bordo começaram em 2006, com US$ 3,67 mil. Em 2007, o faturamento subiu para US$ 25,5 mil, pulando para US$ 80,5 mil em 2009, um crescimento de 215%. No ano passado, as exportações para o Canadá somaram US$ 73,4 mil, o 6º melhor preço médio pago no mundo aos vinhos do Brasil, de US$ 4,69/litro. “Isto é apenas o começo, temos muito mercado a conquistar no Canadá”, observa Andreia, que anuncia a realização de um evento de degustação no Canadá para o segundo semestre deste ano.
Mesmo sendo um mercado de vinhos grande e fechado, controlado por monopólios estatais de compra, venda e distribuição, a gerente de exportação do WFB acredita no potencial de comercialização dos vinhos brasileiros no Canadá. “Queremos reforçar nossa presença com os monopólios de Quebec (SAQ) e Ontário (LCBO), despertando o interesse em agentes para representar produtos brasileiros no Canadá”, comenta Andreia. Juntas, Quebec e Ontário representam 70% do mercado de vinhos canadense.

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