quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Movimento para valorizar o cordeiro

Um novo momento para a ovinocultura gaúcha poderá ter iniciado na XXVI Feovelha, encerrada, ontem, em Pinheiro Machado, com menos animais e menos gente do que se esperava, exatamente pela atual situação do setor. Embora seja crescente a procura por carne ovina e exista forte aumento dos preços da carne para o consumidor, os produtores se queixam dos baixos preços pagos pelos frigoríficos na porteira das fazendas. Os compradores pagam entre R$ 2,00 e R$ 2,20 pelo quilo vivo, o que não chega a R$ 5,00 pelo quilo da carne, e vendem este produto por preços que oscilam entre R$ 8,00 e R$ 18,00, o quilo, nos supermercados e açougues do sul do País e até por R$ 84,00 o quilo, no Rio e São Paulo. Esta situação, segundo confirmei na Feovelha, em Pinheiro Machado, e no remate da Fortaleza do Seival, de Darci Miolo, em Candiota, é que explicam as baixas vendas e os baixos preços obtidos nos remates. Mesmo assim, o resultado final agradou ao presidente do Sindicato Rural de Pinheiro Machado, Max Garcia.Cordeiro IIOs produtores resolveram reagir e estão articulando vários movimentos, em diferentes regiões, para aumentar a união do setor e buscar melhores condições de remuneração pelo cordeiro. Um desses movimentos está sendo articulado pelo prefeito de Pinheiro Machado, Luiz Fernando de Ávila Leiva, com apoio do grande criador Luiz Eduardo Batalha, dono da Fazenda Guarda Velha, cujo objetivo é reunir produtores em torno de um movimento, denominado Cordeiro Natural, que se propõe até a construir um frigorífico, se for necessário, para formação de uma comercialização transparente entre o criador, o abatedor, o vendedor da carne e o consumidor. A iniciativa conta com apoio da Embrapa e está na fase de pesquisa e contato com os criadores para uma formatação que beneficie todos os segmentos da cadeia, fugindo da dependência de “um só ou dois abatedores”, segundo o prefeito Luiz Fernando.

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