quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Vinos y bebidas

Oi Danilo, tudo bem?

Agradeço a publicaçao no teu blog do artígo que eu coloquei no portal uruguaio VINOS Y BEBIDAS sobre o Salton Desejo.
Sempre é um prazer divulgar sobre vossos bons vinhos brasileiros, os que dia-a-dia ficam mais interessantes!
Um grande abraço do Uruguai,
Daniel ArraspideSOMMELIER-JORNALISTAjdap@montevideo.com.uyjdapfv@gmail.comAvenida Brasil 2564, apto. 1002CP 11300 - MontevideoTel. (598) 2 7096172Movil (598) 99 168030URUGUAYLea las notas, artículos, y consejos del sommelier Daniel Arraspide en: www.montevideo.com.uy o haga clik en:http://blogs.montevideo.com.uy/vinosybebidas

Cerro Chapéu

Caro Ucha,
Estou no Cerro do Chapeu muito perto do Cerro Trindade , a Fronteira de Santana do Livramento e Rivera !!Hoje comecamos a despedir o ano 2009 com um cordeiro "cara mora" da nossa propria criacao !!Em uma hora estara pronto e o comeremos bem regado com Ysern Tannat-Tannat e depois umas garrafas do Sust (Espumante natural Brut nature Vintage 2005)Os hospedes sao do Mexico os donos do Restaurante Cantegril de Toluca e da Parrilla Cantegril no DF.A Familia Casada pae e filho !!Grande abraco e muito Bom Ano 2010 !!O seu amigo,Javier CarrauBodegas CarrauUruguay-Brasil
Enviado desde mi BlackBerry device de Ancel.

Ysern Tannat-Tannat

Seria a maior irresponsabilidade dar uma nota de prova para este vinho agora.No momento, o único aroma (cheiro em língua de fresco, como diz o LFV) é o do carvalho. Taninos à bolapé num ambiente de dormência geral.Não sei se os vinhos de tannat entram em fase muda, mas, se entrarem, seria isto.O cordeiro apanhou feio do vinho e, como os cariocas refugaram completamente, abriu-se Saltons Talentos, o que contentou a todos.Lembrou dos primeiros Stagnari, tal a taninada enraivecida. Passei a noite indo ao frigobar tomar água Prata pois, por ossos do ofício, bebi a garrafa quase sózinho .Então, vamos abrir uma garrafa a cada dois anos e ver como se desenvolve. Em princípio, se ele crescer para o bem, acredito que no mínimo dez anos para arredondar este brutal tannat.O problema é que esse Ysern Tannat-Tannat não se encontra no Uruguai. Tenho encontrado no Brasil e também aí na Vinhos do Mundo da República Riograndense, onde me informaram que há em garrafas magnum. Estas então... devem levar um mundo para acordar.

Um abraço

Olyr Corrêa, Rio

Cara mora

Grande abraco o cordeiro cara mora esteve muito bom e Ysern acompanhou en forma excelente !!BOM ANO 2010 e aguardamos a tua visita na Fronteira, neste Novo Ano que comeca !!Javier CarrauBodegas CarrauUruguay-BrasilEnviado desde mi BlackBerry device de Ancel.

Um amor

Maria Amélia Duarte Flores deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Reveillon na praia": Tu és um amor, não sabe como é bom este apoio neste momento de tanto trabalho e expectativa!!!! feliz 2010.
Maria Amélia, Porto Alegre

CorrieDeal

Olyr deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Ysern Tannat Tannat 2006": Ucha, não é Corriedale é CorrieDeal (cruza de Corriedale e Ideal). Olha novamente o cartão de ano novo da Cabanha Alegria. Está na cara a raça do bicho. E bem mais elegante que as raças puras formadoras, melhor carne e melhor lã.Agora estou fazendo uma tri-cross, pois em cima da CorrieDeal estou colocando um carneiro Île-de-France do nosso amigo e confrade, latifundiário lulista e traidor, Atílio Ibargoyen da Fazenda Palomas.Olyr, do Rio

Resposta – Meu amigo Olyr, me desculpa, mas, desta vez, vou discordar do amigo. Não existe a expressão CorrieDeal, o ministério da Agricultura não a admite, não a autoriza e a Associação Brasileira de Criadores de Ovinos não a reconhece, segundo falei, hoje de manhã, com o dr, Perelló, superintendente da Arco. Nenhum zootecnista que se preza faz este cruzamento puro, que não se justifica nem genética nem comercialmente, porque o que ele faz crescer é a chamada “lã de cachorro”, com velo desuniforme, de baixo valor comercial. É, segundo o dr. Francisco José Perelló Medeiros (tel. (53) 3242-8422) um cruzamento “sem razão”.
A tua colocação de ille-de-france em cima da cruza corriedale x ideal, sem dúvida, vai melhorar a qualidade do primeiro animal, mas não podes usar a expressão CorrieDeal.
Quanto ao Atilio, já saboreei um cordeirinhos nas brasas, lá na Fazenda Palomas, e estava muito bom. Não sei se foi por artes do bom assador....

Boa leitura sobre cordeiros

Está muito boa a edição nº 13, de dezembro de 2009, do Arco Jornal, informativo da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos, editado pelos jornalistas Eduardo Fehn Teixeira e Horts Knak, da Agência Ciranda, sob coordenação da Agropress Agência de Comunicação, do jornalista Nelson Moreira. Há um interessante editorial do presidente da Arco, Paulo Schwab, dando a sua opinião sobre os criadores que dizem estar descrentes da criação de ovinos.
Além disso, boas matérias sobre a criação de deslanados no nordeste, o cachorro de pastoreio Maremano Abruzês, o programa de qualidade ovina, o registro de material genético, pequenas iniciativas com grande sucesso, parcerias que confirmam o êxito da ovinocultura carne, novo nicho para ovinos coloridos, controle de verminose e os desafios da cadeia produtiva de ovinos.
O e-mail da Arco é arco@arcoovinos.com.br; o site: WWW.arcoovinos.com.br; o e-mail do responsável é: agropress@agropress.com.br.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Espumante x Sidra

Tarcis deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Sidra x espumante": Existe uma série de termos que são de uso exclusivo de bebidas oriundas da uva ou seus derivados. penso que espumante, assim como vinho e vinagre, faz parte desta lista.
Tarcis Capelletti, Porto Alegre

Reveillon na praia

A enóloga Maria Amélia Duarte Flores pede para não esquecer do Reveillon Ilhas Park, na praia de Atlântida, no litoral norte do Rio Grande do Sul, que começará às 21h30min do dia 31. Segundo ela, será uma opção diferenciada para quem vai à praia, quer curtir gastronomia, degustar espumantes e uma festa exclusiva, pois é limitada a 150 participantes.“Além da ilha de degustação com os melhores espumantes brasileiros, após a virada haverá um mega show com a banda Sunset Riders, uma das melhores bandas covers de Bee Gees e músicas do gênero no Brasil.Aproveitando, quero desejar um 2010 de muita paz, sucesso e saúde a todos, com motivos para brindar todos os dias!”Maria Amélia Duarte FloresVinho e Arte . www.vinhoearte.com

Hóspedes do Plaza São Rafael ganharão espumante

Os hóspedes do Plaza São Rafael Hotel e Centro de Eventos, em Porto Alegre, vão ser brindados com um espumante da Casa Valduga, rótulo da Rede Plaza, uma parceria com a vinícola gaúcha, na noite do réveillon. É tradição da casa proporcionar aos hóspedes um atendimento e um carinho especiais nesta noite tão importante na vida de todos. Assim, quem estiver hospedado na noite de 31 de dezembro poderá contar com este brinde da casa.

Wine seleciona espumantes para o reveillon

Entre os vinhos selecionados pelo Sommelier Wine, Manuel Luz, está o clássico Champagne Jacquart. A Wine (www.wine.com.br), líder na venda online de vinhos no Brasil, fez uma seleção especial de espumantes para o réveillon. Criada especialmente pelo Sommelier da Wine, Manuel Luz, a seleção de espumantes está à disposição no site da Wine para auxiliar os clientes do portal a fazerem suas compras para as festas da virada do ano.
Na seleção a Wine apresenta uma ficha técnica completa sobre os espumantes, contendo sua origem, harmonização ideal, tipos de uva e preço, fornecendo assim todas as informações necessárias para que os clientes do portal façam sua escolha com segurança e conforto.
Entre as sugestões figura o clássico Champagne Jacquart, espumante presente no top 10 da mais recente edição da revista inglesa Champagne e considerado o melhor Champagne do ano pela competição alemã Mundus Vini 2009. A versão escolhida por Manuel Luz é o Champagne Jacquart Brut Mosaique.
O Sommelier Wine também selecionou o prosecco italiano Moinet Prosecco Extra Dry, da região do Vêneto, que oferece um sabor cremoso e frutado, ideal para servir com saladas, peixes, frutos do mar, entradas frias e aperitivos.
Outra sugestão é o português Espumante Herdade do Esporão Bruto 2004, produzido com uvas Verdelho e Antão Vaz, tem coloração dourada, aroma intenso a fruta cítrica e notas florais e combina com tortas salgadas, antepastos, entradas frias e frutos do mar.
O espumante chileno Miguel Torres Pinot Noir Brut Reserva de La Familia também está entre os vinhos sugeridos por Manuel Luz para o réveillon. De cor amarelo dourada, tem aroma frutado e combina perfeitamente com patês e frutos do mar.
Para quem aprecia os rosés, o Sommelier da Wine selecionou o Cava Cristalino Brut Rosé, espumante espanhol da Catalunha. Rico em borbulhas e de aroma frutado discreto e mineral, o espumante rosado combina com canapés, grelhados, peixes e aves, pratos ideais para as comemorações de final de ano.

Ysern Tannat Tannat 2006

Ucha,

Comprei agora pela manhã um Ysern Tannat Tannat 2006 para acompanhar uma paleta de cordeiro "brouthard" Corriedale do Pedregal. Vamos ver como se dão teus amigos Carrau, grandes vinivinhateiros.
Las Violetas e Cerro do Chapéu, não tem como errar. Se eu "pagar mico" com meus convidados cariocas, a culpa é dos "Javieres", sem sombra de dúvida. Mas quem já fez o melhor tannat uruguaio de todos os tempos, o Casa Luntro 1997, não tem como refugar...

Olyr Corrêa, do Rio.

Resposta – Fiquei curioso e, acredito, os leitores também. Estamos na expectativa de uma mensagem com o resultado do convescote e o desempenho dos vinhos do meu amigo Javier Carrau...

Sancerre Branco e Château Piron

O buquê final para festejar ainda mais a passagem do ano... e entrar com o pé direito no Ano 2010...: dois vinhos da Cave Jado foram citados nos 100 TOP do ano 2009 da revista Prazeres da Mesa (edição dezembro/janeiro), o Sancerre Branco e o Château Piron. De acordo com Jeanne e Dorothée, seja com o elegantíssimo Sancerre Branco ou com o explosivo e complexo Château Piron, o Ano Novo ficará mais saboroso!

Um crítico semi-arrependido

Não é fácil ser crítico de vinhos, que o diga o crítico Olyr Corrêa, do Rio, um “crítico arrependido”. Hoje, por exemplo, ele envia um texto do tempo em que era “um estúpido crítico de vinhos”, conforme ele mesmo diz. Alguns vinos o desmentiram, outros o confirmaram. É interessante, leia:

“Na sexta-feira, 11 de março de 2005 provei os topos uruguaios.
E até dava notas, como o Parker...

Prelúdio 2002Establecimiento Juanicó (Familia Deicas)Canelones, UruguaiTannat, Merlot, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Petit VerdotA Juanicó mete todos os vinhos resultantes dessas uvas em barricas de carvalho por 24 a 36 meses. Depois, os enólogos vão provando e selecionando barrica por barrica para mistura e montar o seu vinho premium, o Preludio.De forma que ninguém sabe muito bem qual é a proporção de cada casta no vinho final.A garrafa que bebi estava muito boa na abertura, cor bordô escura,aromas muito bons, carvalho bem subjugado, retrogosto prolongado, taninos arredondados. Porém, com uma hora na jarra oxidou-se e declinou rápidamente. Provávelmente a garrafa tenha sofrido algum abuso ou mesmo apenas um assédio térmico bastante forte.Na rolha, havia indícios. Para um vinho assim tratado e novo ainda, não é normal. Preço pago: US$ 13.00RPQ : Aos trinta minutos, 1=1. Aos 90 minutos : 3=1.Nota Final : 6/10Adágio Espressivo 2002Juan Toscanini & HijosCanelones, Uruguai Cabernet Franc (40%), Merlot (40%), Tannat (20%)Quinze meses em barricas de carvalho francês novas ( por exemplo, colhida em março de 2002, elaborado em abril de 2002 e engarrafado em novembro de 2003). Linda cor rubí brilhante. Aroma intenso e fantástico que só a Cabernet Franc consegue oferecer. Na boca, decepcionante, com um travo metálico amargo que põe a perder a boa estrutura e os taninos suaves.Final seco e amargo. Preço pago : US$ 18.80PQR:Pela Cor : 2=1 Pelo aroma : 3=1 Pelo gosto e retrogosto : 1=4Nota Final 5,5/10 (Nota de hoje: olha só a ignorância! Em maio de 2009 este vinho "bombou". Só estava fora de sua época)
Amat 2001Juan CarrauCerro Chapeu, RiveraUruguai100% Tannat20 meses em barricas, 50% americanas, 50% francesas, usadas.Cor vermelha escura. Intensa. Bons aromas com o carvalho bem presente. Deu até para identificar umas ameixas pretas. Bastante fruta sufocada a madeiraços. Boca pesada e imensamente tânica. Tanino bem rústico. "Rascante", como se diz na Adega do Bacalhau da Rua Guilhermina. Pode ser que se atenue com os anos. Eu duvido. Já vi este filme antes com os Stagnari. Preço pago : US$ 18.00.PQR : 2,5=1Nota Final : 5/10(Nota de hoje: Guardo uma garrafa deste para abrir com dez anos. Vamos ver se o enoestúpido queima a língua.)
Gran Tradición 1752 1999 Juan Carrau PujolCerro Chapeu, RiveraUruguaiCabernet Sauvignon, Merlot, Tannat, Cabernet Franc18 meses em barris de carvalho franceses. Um ano na garrafa antes de ser comercializado.Cor Violeta bacana parecida ao suco de uva da Aurora. Aromas secundários bem desenvolvidos (sei lá quais). Cassis tinha. Chocolate também. Os outros, diversos, devem ser franceses ou italianos pois não deu para entender o que falavam.Na boca vem cheio, ocupando o seu espaço com boa concentração e estrutura. Taninos tranqüilos e satisfeitos, aguardando deposição. Persiste na boca por um bom tempo, digamos aí uns 30 segundinhos. Deve andar aí pela 3ª divisão no campeonato mundial. Gostei. Quem nos dera se ao abrir os Talentos, ele empatar com este. Preço pago : US$ 9,50.PQR : 1,5=1Nota Final : 6,5/10 (Nota de hoje: Infelizmente, o Talento está muito bom mas não deu para empatar. Este vinho tinha mais personalidade e senso de lugar)Casa Luntro 1997Irmãos Lurton e CarrauLas Violetas, CanelonesUruguai100% TannatParreiras de 90 anos, 18 meses em barricas francesas novas e 12 meses em garrafa conferiram redondez fora do comum a este tannat. Como diz a mâe da tannat, Estela Frutos, tudo o que a tannat uruguaia precisa é de oxigênio. E baixas produções, digo eu. Com estes dois fatores atendidos, o Uruguai supera Madiran fácilmente. Amplitude térmica, insolação, temperaturas mais amenas. O Casa Luntro é uma prova disso.Garrafa bem preservada. Cor rubí escura. Multi-aromatico e multi-dimensional. Taninos inteiramente resolvidos. E para o bem. Dá gosto de beber. Encontra-se na sua plenitude, com a fruta empezando a declinar. Melhor beber agora e comprar o 99 para guardar. Um dos melhores vinhos uruguaios. É uma pena que esta joint-venture esteja nos "finalmente". Persistência como o 1752, acima dos 30 segundos. Preço pago : US$ 19.00.RPQ : 1=1Nota Final : 7/10.”

Porque é complicado criar e vender cordeiros

O zootecnista e corretor de compra e venda de ovinos, bovinos e campos Gil Tozzati Fernandes, lá da minha terra, Sant´Ana do Livramento, manda uma interessante mensagem colocando alguma luz nos problemas de comercialização de cordeiros. É um pouco longa, mas vale a pena lê-la na íntegra, pois esclarece algumas coisas que, principalmente, o pessoal da cidade não entende, quando pergunta: “Pô, se a carne de cordeiro está tão cara, por que os produtores se queixam que a ovinocultura não dá dinheiro? Leia:

“Caro Danilo,
Tenho lido as ótimas matérias que tens escrito, especialmente sobre cordeiros, na coluna do JC. Sou zootecnista com especialização em gestão empresarial e proprietário do escritório Mercado Agropecuário Corretora, intermediações de gado, ovinos, lã, campos e etc, sendo que no caso dos cordeiros trabalhamos para a empresa Marfrig e sou credenciado para comprar para o programa Herval Premium aqui em Sant'Ana tua terra natal e minha por adoção e de coração.
Veja bem, hoje o preço do cordeiro pago pelo Marfrig é na tabela R$ 2,15/kg vivo, o preço caiu, tem muita oferta. O preço do cordeiro Herval Premium é de R$ 5,90/ kg de carne(carcaça) porém para atingir este preço o produtor precisa se submeter a alguns critérios no aparte dos animais, como, por exemplo, acabamento entre 3 e 3,5mm de gordura, também o peso vivo deve ficar entre 28 e 40 kg de peso vivo sendo que raças de carne o peso de 40kg já é demasiado. A média de rendimento de carcaça das raças de dupla aptidão vai de 38% à 40% corriedale ou ideal, dados do amigo Ariel, que trabalhou por longo período no frigorífico e abatedouro dos cordeiros Divisa. Então, se você fizer o cálculo de 38% ao preço de R$ 5,90 pago pela carne, o preço do kg vivo fica em R$ 2,24; ao rendimento de 40%, R$ 2,36, e assim por diante.
Só para ilustrar: carreguei cordeiros de um produtor para o Herval Premium - cruza Corriedale com Texel, peso médio de 39,4 Kg e rendimento de carcaça de 43%, sendo que boa parte destes animais estavam com gordura acima da exigida pelo programa e ficaram ao preço de R$ 5,63 (o que gerou protestos do produtor) na carne fria. Então, R$ 5,63 com 43% de rendimento ficou com preço final de R$ 2,42, o quilo vivo, que pode ser considerado bastante melhor que os R$ 2,15 ou R$ 2,20 pagos pela indústria comum.
Então, vamos tentar entender por que a indústria paga menos por este produto? Talvez porque não tenha desenvolvido uma marca como o Herval? O custo do abate do cordeiro é muito maior, a indústria tem praticamente o mesmo custo fixo para matar o cordeiro e o boi, só que o cordeiro rende 30 kg de carcaça enquanto o boi, em média, 230 kg. Em função dos rebanhos reduzidos e dispersos, os trajetos percorridos por estradas de péssimas qualidade para serem completadas as cargas de cordeiro, são muito grandes, aumentando consideravelmente o custo do kg deste produto e mais, muito mais....
Estivemos, estamos até então e não sei até quando com a concorrência do terceiro maior produtor de cordeiros do mercado mundial, o nosso vizinho Uruguai, que tem colocado no nosso mercado nada menos que 95% da sua produção sob forma de cordeiro em pé ou carne resfriada e congelada. É pouco? Quer mais?
O sr. Edson, de Campo Grande (MT), proprietário da Strut Alimentos, me falou que os hermanos colocam lá em Campo Grande carcaças de cordeiros resfriadas ao preço de R$ 7,00 o kg, isto na data de 06/11/09 quando ele me ligou para tentar algum negócio de cordeiro com o RS.
Danilo, sempre gostei da ovelha e não só na brasa ou na panela. No meu escritório, o cordeiro deixa muito pouco quase nada mesmo sob forma de comissão, muito menos que o boi por exemplo, mas eu gosto deste bichinho e vou lutar e defender todos os elos que envolvem esta cadeia e sempre da maneira mais justa possível e dentro das minhas convicções até que achemos juntos, produtor, técnicos, indústria e varejo o equilíbrio destas contas.
Sem mais no momento, vou me despedindo desejando a ti e todos os teus familiares um belo e feliz Ano Novo.”
Gil Tozatti Fernandes

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Mensagens

Caro Ucha

Obrigado pela informação. O Marcio me contatou mas como estou viajando amanhã, então marcamos para janeiro um encontro.Seria formidável ter o nosso Villa Bari distribuido em São Paulo.
Na minha volta, em meados de janeiro, gostaria de contar contigo para degustarmos o espumante da Villa Bari, elaborado com vinhos bases vinificados aqui em Porto Alegre e trabalhados pela Cave Amadeu. É uma produção de apenas 600 garrafas para ser degustada e consumida com os amigos.
Um grande abraço e Boas Festas.
Barichello

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Caros Amigos,
É com grande satisfação que encaminho link de uma recente entrevista, onde a respeitada crítica de vinhos recomenda a Cava Gramona como sua favorita.Gramona acaba de chegar na Casa Flora/Porto a Porto, nas versões: Allegro, Brut Rosè, Imperial e a Gran Reserva III Lustros.O Natal e Ano Novo são ocasiões perfeitas para conhecê-las e compartilhar com os amigos!Link:http://www.verema.com/blog/jordi/2009/12/tomando-una-copa-con-jancis-robinson.htmlUm abraço a todos e excelente 2010!!!Cristina Neves

A questão da ovinocultura

Quando andei por Livramento-Rivera, na semana passada, não deu para me dedicar ao vinho, como visitar meu amigo Javier Carrau em sua bodega, ir degustar um gewurstraminer com a Rosana Wagner, na Cordilheira de Santana ou ver se sobrou algum conhecido na Almaden, adquirida da Pernod Ricard pela Miolo -, mas conversei muito sobre ovinocultura. Por incrível que pareça, o carioca e o paulista estão pagando entre R$ 60,00 e R$ 90,00 por um prato com carne de cordeiro nos restaurantes e os produtores estão recebendo apenas R$ 2,20 pelo quilo vivo de cordeiro. Um cordeiro lhes rende apenas R$ 70,00!
De uma conversa com o criador Claudino Loro, nos campos do Sarandi, resultou esta nota, que também publiquei, dia 23, em minha coluna de Economia no Jornal do Comércio de Porto Alegre:

Dificuldades na ovinocultura

Apesar das boas perspectivas para a carne ovina, com demanda crescente e preços ascendentes para os consumidores, os produtores rurais da região da fronteira, onde estão os maiores criatórios de ovelhas, começam a desistir da atividade. Há ofertas de venda de bons rebanhos de 1.700 merinos australianos e 1.500 texel, por exemplo, porque o setor não está sendo remunerado como precisa e porque a criação de bois se tornou muito mais vantajosa. O criador Claudino Loro, que tem 5 mil ovelhas em seus campos na região do Sarandi, em Livramento, exemplifica o quadro de desânimo com a ovinocultura. A lã “não vale mais nada” e a carne, cujos preços poderiam entusiasmar, pois os consumidores pagam caríssimo por ela, não tem seus altos valores transmitidos ao produtor, que recebe R$ 2,20 pelo quilo vivo do cordeiro e nos açougues e supermercados ela é venida por R$ 18,00, R$ 25,00 e até mais o quilo. A diferença fica com os impostos, os frigoríficos, os distribuidores e os açougues.Dificuldades IIClaudino Loro explica que por falta de apoio, incentivo e melhores condições de comercialização, o boi está expulsando a ovelha dos campos na fronteira. Numa quadra de campo (86 há), é possível criar 70 bois, que renderão cerca de R$ 82 mil na hora da venda. Para criar ovelhas, é possível colocar 300 cordeiros, que renderão R$ 21mil. Não dá para comparar. Em criação consorciada, boi e ovelha, como é comum naquela região, diminui o número de bois para 50 e de ovelhas para 100, caindo ainda mais o resultado financeiro final. Para o cordeiro se tornar uma atividade verdadeiramente rentável, o quilo vivo deveria andar em torno de R$ 4,00, segundo Claudino Loro. Hoje, é de R$ 2,20, em média. Por isso, ele pretende diminuir seus rebanho de 5 mil ovinos texel de alta genética.Ovelha velhaUma curiosidade que mostra uma distorção na comercialização ovina e que desestimula a produção de cordeiros, exatamente a carne que o mercado quer, é a venda da chamada “ovelha velha”, que já deu as crias que deveria dar e é mantida nas estâncias para “consumo” alimentar dos peões e da família dos fazendeiros. Além de vender a ovelha por R$ 200,00 ou R$ 300,00 para criadores de Santa Catarina, que ainda tiram uma ou duas crias mais e as vendem para a indústria de embutidos, também é possível comercializá-las para abate na região por quilo-carne e não “quilo-vivo”. Ovelhas texel, que fornecem de 32 a 45 quilos de carne, rendem cerca de R$ 200,00 e ainda deixam a pele para ser vendida. O quilo-carne está valendo R$ 5,00 e o quilo-vivo R$ 2,20. Um cordeiro, na idade que o mercado exige, rende, no máximo, R$ 70,00. Nas duas situações, a “ovelha velha” rende mais.

A questão da ovinocultura II

Já o presidente do Conselho Regulador do Cordeiro Herval Premium, iniciativa que reúne ovinocultores de vários municípios gaúchos e que, recentemente, comemorou 10 anos, Carlos Hoffmeister Neto, não vê com tanto pessimismo a situação da ovinocultura. Até porque os pequenos criadores, que são maioria no projeto, não teriam outra atividade a não ser criar ovelhas.
Durante o jantar de comemoração dos 10 anos do projeto, dia 11 de dezembro, na Associação Rural de Pelotas, Carlos Hofmeister Neto disse; “Estamos vivendo um ótimo momento. O produto cordeiro é diferenciado no mercado, que tem muito espaço para o que se produz com qualidade. O cordeiro Herval Premium é reconhecido pela qualidade e pelo trabalho em conjunto.”
Concordo com Hoffmeister em parte. Em tese, como escrevi na abertura da matéria anterior, este seria o melhor momento para os criadores de ovinos, uma vez que os consumidores querem carne de cordeiro e estão pagando muito por ela. O problema é que os altos preços praticados no mercado consumidor não chegam aos criadores, que recebem apenas R$ 2,20 pelo quilo do cordeiro vivo. Um cordeiro no peso que o mercado exige acaba saindo por apenas R$ 70,00, preço de qualquer prato com carne de cordeiro nos restaurantes brasileiros!
Não resta dúvida que o Projeto Herval Premium é uma bela iniciativa e indica o caminho a ser seguido neste momento. É preciso organizar a cadeia produtiva, unir os produtos para, assim, disseminar qualidade e, juntos, lutar por melhores preços. Criado em 1999, o Conselho Regulador do Cordeiro Herval Premium, nasceu no município de Herval, mas hoje conta com produtores de Herval, Pelotas, Pedras Altas, Pinheiro Machado, Piratini, Arroio Grande, Jaguarão, Dom Pedrito, Santana do Livramento, Quarai, Uruguaiana, Santa Vitória do Palmar, Capão do Leão, Cerrito e Alegrete.
Não resta dúvida que, quanto mais produtores se unirem, mas fácil será a batalha pela remuneração condizente do seu produto. Carlos Hofmeister Neto foi reeleito presidente por mais dois anos e atende os interessados na avenida Fernando Osório, 1754, em Três Vendas, ou pelos telefones (53) 3025-4215 e (53) 9961-2730, na Safra Agronegócios, gestora do conselho.

Comentário ao comentário de Didu Russo

O Olyr Corrêa, do Rio, enviou um comentário que deveria ter sido publicado antes do jantar dos vitivinicultores com o presidente Lula, dia 21, mas se extraviou. Aqui vai. Envolve as reivindicações do setor apresentadas ao presidente, já divulgadas em edições anteriores do Blog.
Eis as 6 reivindicações:
1. Redução da carga tributária – esta medida se faz necessária para dar maior competitividade interna. Em países como Argentina, Chile e membros da Comunidade Européia, que são grandes produtores, os vinhos, por serem um produto de base agrícola e ter grande capacidade de geração de emprego e renda, não têm tributos nas fases de produção da uva e elaboração do vinho. Isto estabelece uma diferença competitiva importante, muito mais favorável a importação do que a exportação.2. Desoneração das exportações – mesmo que os principais impostos sejam deduzidos nas exportações, pelo mesmo motivo exposto no item anterior, nossos produtos ainda apresentam problemas de competitividade, inclusive nas exportações, sendo necessário ampliar os mecanismos de desoneração das importações.3. Taxa cambial – a valorização do Real traz problemas duplos para o setor vitivinícola, pois favorece as importações e dificulta as exportações. Ambas as situações penalizam a indústria brasileira de vinhos.4. Ampliação das ações de promoção das exportações – investimentos na construção e fortalecimento da imagem do país no que tange aos aspectos vitivinícolas, articulação das ações e de uso promocional dos produtos vitivinícolas nas Embaixadas e ampliação de recursos de promoção pela APEX Brasil.5. Programa de modernização e inovação da vitivinicultura – ação articulada e interministerial envolvendo os ministérios da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior, juntamente como o setor produtivo, para implementação de um programa de modernização e inovação da vitivinicultura.6. Participação do Brasil na OIV – Ampliar e consolidar a participação do Brasil na Organização Internacional da Uva e do Vinho (OIV), da qual o Brasil é membro desde 2005, possibilitando que o setor privado tenha participação de apoio e sustentação às ações desenvolvidas pelo Ministério da Agricultura e MRE. A OIV é um organismo intergovernamental que discute e estabelece regramentos para a produção, comércio e consumo de vinhos.

Comentário ao comentário do Didú Russo

Verdade.
Em Rivera, por R$ 19,00 compra-se 3 litros do Irurtia Tannat. Ou 10 litros do Caserito por R$ 32,00. No comércio.
Afora os vinhos da Santa Rosa, em Bella Unión, que uma cooperativa entrega a R$ 2,50 o litro.
Mas na verdade, o que eu queria era comentar, propondo: vamos esquecer as exportações.
Nós temos um mercado ao nosso alcance de 210 milhões de litros, sem problema de competição com quem quer que seja e com custos imbatíveis (fora os impostos).
Que mercado é este?
É o mercado brasileiro dos substitutos do vinho, que a língua oficial chama "de mesa" (vinho de mesa para mim é o que acompanha bem a comida) e outros chamam de "vinho de garrafão", outros de "morangueiro", outros ainda de "maracujá com morango" e os gringos do exterior, "foxado".
210 milhões de litros são 23 milhões de caixas de vinho ou 280 milhões de garrafas.
É o que se vende no Brasil de "vinho de mesa" em um ano razoável (2005).
A estratégia é muito simples e nada original: com a lei, o marketing, a propaganda, os subsídios e a mitigação (como diria a ministra Dilma) de impostos, vamos inverter o consumo brasileiro e levá-lo ao vinho de viníferas, o dito "vinho fino" (vinho fino para mim é vinho elegante, equilibrado, sem excesso, o inverso do vinho argentino, chileno, australiano y lo demás).
Deixemos para o futuro o mercado internacional, onde agora não somos competitivos com esse tipo de vinho que inunda os supermercados mundiais. Porque sofrer se a lei do menor esforço nos indica um caminho muito mais suave e inteligente?
Em 2008 exportamos 10 milhões de litros de vinho ao preço médio, pasmem, de US$ 0,69 o litro. Para a Rússia, então, vendemos a US$ 0,39 o litro.
Importamos 54 milhões de litros de vinho de viníferas e vendemos 23 milhões de "vinho fino" de manufatura local. Total : 77 milhões de litros.
77+210 = 287 milhões de litros = 383 milhões de garrafas. 32 milhões de caixas.
Não é um bom mercado para começar, juntar experiência e acumular capital?
Façamos um produto diferenciado, um vinho brasileiro. Um vinho que se possa comer com queijos e salames. Um vinho com a acidez dos nossos vinhos, com a leveza dos nossos antigos vinhos de vitis vinífera, com a nossa antiga cor maravilhosa, que a borgonha exalta nos seus pinot noir.
Este vinho tem mercado cativo aqui no Brasil. É como nosso café de coador, a nossa verdadeira bebida nacional. É a nossa cultura.
É só tomarmos uma decisão política de reconversão dos nossos vinhedos, como fizeram os nossos vizinhos e como a França fez em 1927, quando baniu as híbridas.
Se existe algo de positivo na imigração italiana com relação ao vinho, não é seguramente o consumo de vinho de garrafão.
A isto foram compelidos pelas inclemências do clima e das pestes.
A tradição italiana de imenso valor cultural trazida pelos imigrantes é de beber vinho com a comida, como alimento. E é por isso que o Brasil e a Argentina são dos poucos países onde se bebe vinho tinto com queijos e embutidos (os "salumi").
Não é a cultura dos anglo-saxões. Do vinho como álcool. Que produz essas abjetas concocções abusadas de álcool e de cor preta. Para embriagar e não para o prazer e a alimentação.
Essa cultura alimentícia nós temos e é ela que faz consumir a maior parte dos 210 milhões de litros vendidos.
Mas tem que ser algo produzido com custo eficiente e preço justo para a população que bebe esses vinhos.
Será possível? Claro que é!
Por que Argentina e Uruguai puderam e nós não? Por que o povo argentino bebe bonarda e o uruguaio, tannat?
Nós somos muito mais competitivos que eles em qualquer área. É só querer ser.
Vontade política, determinação, dedicação e persistência.
Na minha opinião, de 45 anos bebendo vinho (qualquer"vinho"), o nosso mercado não quer vinho de garrafão. Quer vinho acessível e que acompanhe comida.
Porque não de vitis vinífera?
P.S. A Loiva Maria Ribeiro de Mello, pesquisadora chave da Embrapa nesta área, poderia esclarecer melhor qual o perfil desses bebedores dos 210 milhões de litros de "vinho de mesa".

Ainda a polêmica Espumante x Sidra

Ainda dentro da polêmica se sida é espumante, vou reproduzir o texto do Ibravin que acompanha a Cartilha Nem tudo que borbulha é espumante, editada para mostrar as diferenças entre espumante e produtos semelhantes. Para baixar a cartilha, é só acessar o endereço eletrônico na internet http://www.ibravin.org.br/ e ir na seção “Downloads”. “Notamos que há muita confusão ainda na cabeça das pessoas, por isso, produzimos este material com o objetivo de esclarecer e informar”, afirma o gerente de Promoção e Marketing do Ibravin, Diego Bertolini. O conteúdo do material é da advogada Kelly Lissandra Bruch, assessora jurídica do Ibravin e profunda conhecedora da legislação que rege os produtos derivados da uva no Brasil e também no mundo. Mestre em Agronegócios pela UFRGS, Kelly Bruch acaba de chegar de Paris, na França, onde faz doutorado em Direito na Université Rennes, em parceria com a UFRGS.
No material didático estão descritas as características essenciais de um vinho espumante, que tem como diferencial a elaboração através de duas fermentações alcoólicas. As duas maneiras de realizar a segunda fermentação – o método tradicional ou champenoise e o charmat – são detalhadas de forma simples e fácil. Também há a diferenciação das cinco classificações de espumantes, conforme a quantidade de açúcar presente, como o Extrabrut (0g a 6g de açúcar por litro de espumante); Brut (6g a 15g); Sec / Seco (15g a 20g); Meio Seco / Meio Doce / Demi-Sec (20g a 60g); e Doce (mais de 60g). Um serviço importante é a demonstração de como reconhecer cada tipo de produto nas prateleiras de supermercados e lojas de bebidas.
A cartilha faz um alerta importante e básico, apesar de nem sempre compreendido até por publicações especializadas no assunto. Só há dois tipos de espumantes, o espumante e o moscatel espumante. E os outros? Os outros não são espumante. “Bolinhas não são sinônimo de espumante”. Além dos dois tipos de espumantes, existem outros produtos, previstos em lei, que apresentam “bolinhas”, mas que não podem ser confundidos com os espumantes. Caso das sidras, dos vinhos gaseificado e frisantes, do filtrado doce, do fermentado de frutas, da bebida alcoólica mista e até do refrigerante. “Alguns também são provenientes da uva, como o vinho gaseificado, o vinho frisante e o filtrado doce. Outros são provenientes de outras frutas, como a sidra (que é feita de maçã) e outros fermentados de fruta”, esclarece a cartilha. “Há também produtos que são uma mistura de tudo um pouco, que são conhecidos como bebida alcoólica mista, pois neles há, além de fermentado, algum destilado alcoólico (álcool de cana), acrescido dos mais diferentes componentes. Este é o caso, por exemplo, do cooler, da sangria e demais coquetéis. E, dentre aqueles borbulhantes que se definem sem álcool, o que encontramos na verdade são refrigerantes. Sejam eles de maçã, de uva ou mistos.”

Salton Desejo é o vinho da semana

O Merlot Salton Desejo é o vinho Recomendado da Semana no portal uruguaio Vinos y Bebidas, assinado por Daniel Arraspide. Nascido na Flórida (EUA), o jornalista e sommelier se dedica aos temas sobre a vitivinicultura. Foi colunista do Diario El Observador e integrou a equipe da Revista Comer & Beber.
Arraspide afirma que a Salton é uma empresa brasileira lembrada por todo bom apreciador de vinho e destaca a proximidade de seu primeiro centenário, em 2010. O jornalista apresenta o Salton Desejo como um dos vinhos mais representativos e valorizados da vinícola: um superpremium elaborado a partir da variedade Merlot, proveniente de uma safra selecionada, como uvas de vinhedos com baixa escala.
“Se trata de um tinto que apresenta una coloração roxo-violáceo intensa e profunda, quase impenetrável pela luz. Sua complexidade aromática surpreende”, descreve o especialista, que também indica sua harmonização com pratos fortes. Matéria completa no endereço http://blogs.montevideo.com.uy/bloghome_14781_1_1.html

Espumante vende bem no Natal

Não adianta, o brasileiro gosta de espumante, mesmo, é no fim do ano. A Miolo Wine Group tem a expectativa de encerrar 2009 com aumento de 18% nas vendas de espumantes, atingindo volume de 1,8 milhão de garrafas. A principal aposta é a nova linha Cuvée Tradition elaborada pelo tradicional método champenoise no Vale dos Vinhedos (RS). A empresa investiu R$ 5 milhões em tecnologia e modernização dos vinhedos para ampliar a capacidade de produção. O objetivo é consolidar a liderança como uma das maiores produtoras de espumantes das Américas pelo método champenoise.

Defesa do queijo serrano

Em matéria de vinho, eu sou bem brasileiro, no conceito do especialista Olyr Corrêa: gosto de beber vinho com comida. E, principalmente, com queijo, seja queijo fino, de nome e grife, seja o nosso tradicional “queijo serrano”. Por isso, dou força ao secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, João Carlos Machado, e ao presidente da Emater, Mário Nascimento, que querem proteger o “queijo serrano”.
Após duas reuniões na Secretaria Estadual da Agricultura, avançou o processo de regularização do Queijo Serrano. Segundo o presidente da Emater-RS, Mário Nascimento, uma nova regulamentação para produção de queijos artesanais deve ser anunciada nos próximos dias pelo Ministério da Agricultura, contemplando o pedido de legalização do Queijo Serrano, produzido na região dos Campos de Cima da Serra. Hoje, a iguaria, que tem sabor mais forte e amanteigado do que o queijo colonial, por ser produzido exclusivamente por vacas de corte, tem a sua comercialização restrita aos municípios produtores. A reivindicação dos prefeitos da região é que a sua venda seja ampliada para todo o RS e até para outros estados brasileiros. “Nosso queijo possui 200 anos e há pelo menos 50 anos os produtores buscam conquistar mercados fora de suas divisas, mas nunca conseguiram por falta de interesse público”, comenta o prefeito de Bom Jesus, José Paulo de Almeida, acrescentando que, agora, o produto está muito perto de vencer as barreiras geográficas. Conforme projeto desenvolvido pela Emater-RS para Indicação de Procedência do Queijo Serrano, os municípios produtores no RS são os seguintes: Bom Jesus, Cambará, Campestre, Caxias do Sul, Ipê, Jaquirana, Monte Alegre dos Campos, Muitos Capões ( o de Muitos Capões é maravilhoso), São Francisco de Paula, São José dos Ausentes e Vacaria. Nascimento informa que, atualmente, mais de mil famílias dependem quase que somente da renda advinda do Queijo Serrano.

Vinho francês no verão

O verão, as férias já estão aí e a Cave Jado sugere vinhos franceses para curtir este importante momento do ano! Estando na praia para curtir na beira do mar, no interior, no campo, na montanha, na fazenda ou ainda na cidade
Pode ser um vinho rosé como o Ballade 2008 (AOC Fronton) ou ainda o Saint Qvinis 2008 (Côtes de Provence), um vinho branco como o Muscadet 2008 (nova safra e Medalha de Ouro no Concurso dos Viticultores Autônomos), ou também vinhos tintos maravilhosos à tomar fresco (dica de francês) como o Cuvée Gamay, vinho tinto amplo, muito frutado (morango), fresco e redondo, ou ainda o Côte de Brouilly que oferece uma linda associação de frescor e untuosidade liberando aromas de cereja e groselha.

Vêneto Mercantil

O pessoal que trabalha com vinho está todo se preparando para a vindima 2010, que começará em janeiro, na maioria das regiões brasileiros que cultivam vinhedos. Até a parreira do meu quintal, no centro de Porto Alegre, está carregadinha e já estou brigando com os passarinhos que vêm bicar minhas uvas.
A jornalista Natália Giovanaz, da Comunicative, manda me dizer que a empresa especialista em importação de insumos enológicos de Flores da Cunha, Vêneto Mercantil, está preparada para dar todo o suporte as mais de 500 vinícolas que atende em todo Brasil. Então, que venha a safra 2010.
A Vêneto Mercantil anuncia aos clientes e parceiros que está preparada para 2010. Com equipe treinada e produtos de qualidade para todos os processos de elaboração de vinhos, espumantes e sucos, a empresa está pronta para dar todo suporte que as vinícolas precisam na próxima safra, valorizando cada vez mais o produto brasileiro.

Itália, Uruguai, Chile, esses foram alguns países visitados pelo pessoal da Vêneto Mercantil para aprimorar e desenvolver ainda mais o setor vinícola brasileiro. A equipe da Vêneto Mercantil também recebeu em Flores da Cunha alguns parceiros internacionais que trouxeram todas as novidades da enologia mundial.
Diversos foram os eventos – Simei 2009, Congresso Latinoamericano de Enologia, XVII Avaliação Nacional de Vinhos, Congressos realizados por parceiras – que a Vêneto Mercantil participou em busca de qualificação e melhores soluções para produtores nacionais. Após esse ano de aprimoramento a linha de produtos e serviços está completa com mais de 300 produtos para safra, clarificação, estabilização e engarrafamento. Marcas conceituadas como Laffort, Scholle, Perdomini, Pall, SeitzSchenk, Celite, Perfiltra, Corticeira Paulista, Tecpon, Kanaflex, que são referências mundiais e nacionais para a vinicultura, fazem parte do portfólio da empresa, que é preferência comercial de mais de 500 vinícolas.
Após esse bom trabalho alcançado em 2009, a expectativa da Vêneto Mercantil é muito boa. Além de oferecer um serviço cada vez melhor, a empresa cumpre com seu lema de valorização do vinho nacional. Acredita-se que a busca constante pela qualificação e o desenvolvimento do setor promovem a excelência das variedades elaboradas, favorecendo o reconhecimento e a valorização do produto nacional.
A Vêneto, empresa de Flores da Cunha é especialista em importação de produtos enológicos e atua há mais de 20 anos no segmento de vitivinicultura, comercializando as melhores e maiores marcas internacionais do setor como Laffort, Scholle, Tecpon, Perdomini, Pall, Seitz Schenk, Celite, Perfiltra, Corticina Paulista. Diferenciais tais como liderança, logística integrada, credibilidade, inovação e linha completa, fazem da Vêneto a preferência comercial de mais de 500 vinícolas brasileiras, além da equipe de vendas especializada em enologia e da forte atuação no aprimoramento do setor brasileiro através de pesquisa para a importação de novos produtos.
http://www.venetomercantil.com.br/

Feira do cais vendeu bem

A 5ª Feira de Espumantes e Vinhos realizada de 16 a 20 de dezembro no armazém central do Cais do Porto, em Porto Alegre, encerrou com a comercialização de 8.922 garrafas de vinhos, espumantes e suco de uva. A feira recebeu 14 mil visitantes durante os quatro dias da feira, que teve a participação de 29 vinícolas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Pela primeira vez, a feira ganhou a ambientação da campanha “Abra a sua cabeça, abra um Vinho do Brasil”, do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). Os balcões das vinícolas para degustação e venda de produtos a preços promocionais foram os mesmos utilizados pelo Ibravin nas mais importantes feiras do setor de vinhos do Brasil como a Expovinis e a Apas, em São Paulo, e a Abad,em Recife, Pernambuco.Para a edição deste ano, o local recebeu ventilação especial para o bom acondicionamento dos produtos e maior conforto dos visitantes da feira realizada pela Phoenix Projetos e Gestão de Eventos e Irmandade dos Italianos Proprietários de Restaurantes e Churrascarias, com apoio do Ibravin. Participaram da feira as seguintes vinícolas: Casa Valduga, Peterlongo, Góes & Venturini, Salvador, Fante, Garibaldi, Dom Bonifácio, São João, Giaretta, Casa Perini, Dom Cândido, Courmayeur, Buskaqui, Campestre, Pericó (Santa Catarina), Miolo, Marson, Lovatel, Gran Legado, Terra Sul, Domno do Brasil, Dom Eliziário, Piagentini, Coop. Aliança, Panizzon, Coop. Aurora, Chateau Lacave, Irmão Basso e Salton.Além da comercialização dos produtos, o público pode conhecer o processo de elaboração do vinho e os benefícios que o produto – assim como o suco de uva – traz à saúde, em cursos que foram ministrados no auditório do evento. A feira também contou com o apoio do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, por meio da Secretaria da Agricultura, da Associação Brasileira de Enologia, da Rota dos Espumantes, da Associação Gaúcha de Vinicultores. O patrocínio foi do supermercado Carrefour. A organização foi da Phoenix Eventos.

Com a Almaden, a Miolo vai oferecer mais vinho

“Quem não for grande não sobreviverá no mercado do vinho a partir de agora.” A afirmação é de Adriano Miolo, diretor da Vinícola Miolo, que sonha com a recuperação brasileira no mercado de vinhos finos, hoje em grande parte nas mãos dos importadores, feita ao jornalista Mauro Zafalon, da Folha de S. Paulo, que foi especialmente a Bento Gonçalves entrevistá-lo.“Com a Almadén – continua Zafalon -, o grupo Miolo passa a ter vinhos de R$ 9,90 a R$ 180,00 por garrafa, e Miolo espera dar o troco nos "hermanos", que têm invadido o país com vinhos baratos. Segundo ele, o peso dos impostos, a falta de crédito, os problemas de logística e o aumento de participação no mercado devem estar cada vez mais nas planilhas das empresas.”

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Mensagens

Olá Danilo!
Sou leitora diária do teu blog, acho que a linguagem está fácil e muito bem colocada. Obrigada por dar espaço as notícias do vinho, estávamos precisando!!!
Segue abaixo material do nosso Reveillon! Se quiseres participar, sabes que és nosso convidado!!!
Um ótimo Natal, um 2010 com motivo para brindar todos os dias e saúde para desfrutar as conquistas!

Maria Amélia Duarte Flores, enóloga

Bodegas Carrau

Caro Ucha,
muito obrigado e parabéns pelo Blog.
Aproveito para te desejar um FELIZ NATAL e um Excelente ANO NOVO 2010 !!
Grande abraço e boa zafra para todos !!

Javier Carrau
Uruguay-Brasil Bodegas Carrau

Sidra x espumante

"Sidra é espumante?": Dou palpite em vinho. Sidra mesmo acho que nunca bebi. Mas, já me comentaram que as melhores cidras francesas são elaboradas pelo método champenoise, logo....Olyr Corrêa, Rio

Cartilha tira as dúvidas – Sidra I

O advogado Roner Guerra Fabris (51) 3062-6622), que não só é um apreciador de bons vinhos, como mestre especialista em marcas, patentes e propriedade industrial, manda informações para tirar a dúvida da leitora do Atualidades do Turismo sobre as diferenças entre sidras e espumantes, com base no Instituto Brasileiro do Vinho. A resposta é grande, mas vale a pena. Também registro manifestação do Ibravin e do Cassius André Fanti, da Rede Sul. Coloquei em tópicos para facilitar a leitura

O que é um vinho espumante? – Sidra II

O vinho espumante é resultante da fermentação da uva sã, fresca e madura, no qual se encontra presente o anidrido carbônico proveniente da sua fermentação. Há basicamente dois tipos de vinhos espumantes, que assim são definidos segundo a sua forma de elaboração: o espumante e o moscatel espumante.
Espumante
O espumante se diferencia das demais bebidas por ser elaborado a partir de duas fermentações alcoólicas. A primeira fermentação é a mesma que se faz para produzir um vinho tranquilo, sem “bolinhas”.
Só para explicar, fermentação é o que ocorre quando a levedura que se encontra presente na uva come o açúcar, que também está presente nela, e o transforma em álcool e anidrido carbônico (as “bolinhas”).
É por haver uma segunda fermentação que este produto se torna tão especial. Mas há duas formas de se fazer esta segunda fermentação. A primeira, mais antiga, é denominada método tradicional ou champenoise (por que é assim que é feito o champagne). A segunda é denominada de método charmat.
Método tradicional
O método tradicional implica em fazer esta segunda fermentação dentro da própria garrafa. E é por esta fermentação ocorrer dentro da garrafa, fechada, que o espumante terá as suas “bolinhas”, pois o anidrido carbônico ficará retido dentro da própria garrafa.
Método charmat
No método charmat a fermentação acontece em grandes tanques, denominados de autoclaves, e nos quais o anidrido carbônico liberado pela fermentação é retido.
O espumante resultante destes dois métodos irá se diferenciar por características
organolépticas, tais como cor, sabor e paladar. Mas há alguns parâmetros que são válidos para os dois:
O teor alcoólico do espumante deve ser entre 10 e 13% em volume. O anidrido carbônico (“bolinhas” ou perlage) deve ser proveniente exclusivamente da fermentação (não pode ser adicionado), e sua concentração deverá ser de 4 atmosferas à 20°C. Por isso, se não tivermos cuidado ao abrir a garrafa de espumante, ou se deixarmos a uma temperatura muito elevada, é que o líquido vai ser projetado para fora com tanta força.
E quanto à quantidade de açúcar presente no espumante, este pode ser denominado de:
Classificação Quantidade de açúcar por litro
Extrabrut 0g a 6g
Brut 6g a 15g
Sec / Seco 15g a 20g
Meio Seco / Meio Doce / Demi-Sec 20g a 60g
Doce mais de 60g
Mas, como é que sobra esta quantidade de açúcar no espumante? Em regra as leveduras já consumiram todo o açúcar que havia no vinho, e o transformaram em álcool e anidrido carbônico. Todavia, quando o vinho vai ser engarrafado (no caso do método charmat) ou quando é feita a limpeza dos resíduos provenientes das leveduras (no caso do método tradicional) é acrescido ao espumante o chamado “licor de expedição”. É este que, contendo mais ou menos açúcar, vai definir que tipo de espumante será feito: do extrabrut ao doce.
Como reconhecer este produto na prateleira de um supermercado?
Leia bem o rótulo. Em regra as principais informações, como tipo de produto, graduação alcoólica, classificação quanto ao teor de açúcar, método de elaboração e marca devem estar no rótulo principal, da seguinte forma: (Se não tiver as designações obrigatórias desconfie!)
Nome do produto – obrigatório. Nome da variedade – opcional. Método de elaboração – opcional. Conteúdo da garrafa – obrigatório. % de álcool em volume – obrigatório. Marca
Moscatel Espumante
O espumante moscatel, ao contrário do espumante tradicional, passa apenas por uma fermentação dentro de um grande recipiente (autoclave), o qual também não permite que o anidrido carbônico seja eliminado. Ele também é conhecido como método asti, pois é assim que se fazia este produto na Itália. Assim, este não tem um vinho base. Ele é feito diretamente da sua primeira fermentação.
Outra observação é que, como o nome já diz, o espumante moscatel só pode ser
elaborado a partir da uva moscatel, que lhe dá as características organolépticas (em especial aquele perfume fresco, frutado) específicas. Além disso, sua graduação alcoólica é mais baixa que o espumante tradicional, ficando entre 7 e 10% em volume. Outra característica que o diferencia é que ele não é classificado em brut ou demi-sec, como o tradicional. Em sua composição deve possuir no mínimo 20g de açúcar.
Por fim, o anidrido carbônico deve ser proveniente exclusivamente desta primeira fermentação (não pode ser adicionado), e sua concentração deverá ser de 4 atmosferas à 20ºC.
Como reconhecer este produto na prateleira de um supermercado?
Nome do produto – obrigatório. Nome da variedade – obrigatório. Método de elaboração – opcional. Conteúdo da garrafa – obrigatório. % de álcool em volume – obrigatório. Marca. Vinho Branco Espumante Natural Moscatel, Processo Asti, 10% vol. 750 ml.
Espumante é só o espumante e o Moscatel espumante. “Bolinhas” não são sinônimo de espumante. E os outros? Os outros não são espumantes.

As bolinhas – Sidra III

Além dos dois tipos de espumantes, existem outros produtos, previstos em lei, que apresentam “bolinhas”, mas que não podem ser confundidos com os espumantes.
Alguns são também provenientes da uva, como o vinho gaseificado, o vinho frisante e o filtrado doce. Outros são provenientes de outras frutas, como a sidra (que é feita de maçã) e outros fermentados de fruta.
Há também produtos que são uma mistura de tudo um pouco, que são conhecidos como bebida alcoólica mista, pois neles há, além de fermentado, algum destilado alcoólico (álcool de cana), acrescido dos mais diferentes componentes. Este é o caso, por exemplo, do cooler, da sangria e demais coquetéis.
E, dentre aqueles borbulhantes que se definem sem álcool, o que encontramos na verdade são refrigerantes! Sejam eles de maçã, de uva ou mistos.
Vamos explicar as características de cada um:
Vinho Gaseificado
O vinho gaseificado é também um vinho, com teor alcoólico de 7% a 14% em volume. Mas, ao contrário do espumante, suas “bolinhas” são adicionadas, mediante a introdução de anidrido carbônico puro. E a pressão deve ser um pouco menor que a dos verdadeiros espumantes: de 2,1 a 39,9 atmosferas.
Como saber se estamos comprando vinho gaseificado ou espumante? A lei determina que esta expressão esteja bem clara no rótulo principal do produto.
Vinho Frisante
O frisante é um vinho, que possui um teor alcoólico de 7 a 14% em volume e é um pouquinho gaseificado, ou seja, tem uma pressão de 1,1 a 2 atmosferas a 20ºC. Todavia, este gás pode ser natural, proveniente da própria fermentação ou adicionado ao vinho depois de pronto.
Como saber a diferença? Em regra as “bolinhas” naturais serão mais fininhas e
delicadas que as artificiais. Mas o fabricante deve informar isso na rotulagem.
Como reconhecer este produto na prateleira de um supermercado?
Nome do produto – obrigatório. Nome da variedade – opcional. Conteúdo da garrafa -
Obrigatório. % de álcool em volume – obrigatório. Marca.
Vinho Branco Gaseificado – Chardonnay.
Vinho Branco Frisante Gaseificado

Filtrado Doce

O Filtrado Doce é uma bebida proveniente do mosto de uva, parcialmente fermentado ou não, podendo ser adicionado de vinho de mesa. Não é considerado vinho por que este é exclusivamente a bebida proveniente da fermentação da uva sã, fresca e madura.
Além disso, tem uma graduação alcoólica bem baixa, de no máximo 5% em volume.
A presença das “bolinhas” também pode se dar através da adição de anidrido carbônico em até 3 atmosferas. Sua concepção original vem da Itália. Mas do produto original pouco sobrou.

Sidra – Finalmente

Primeiramente: sidra não é espumante, nem vinho, nem é feito de uva. A sidra é uma bebida obtida pela fermentação da maçã, cuja graduação alcoólica vai de 4% a 8% em volume. Ao contrário do espumante, ela é proveniente de uma única fermentação e tradicionalmente não é gaseificada. No Brasil a sidra foi regulamentada de uma forma um pouco diferente:- pode ser gaseificada; - pode ser proveniente da fermentação do mosto de maçã, do suco concentrado ou ambos, com ou sem adição de açúcar; - pode ser adoçada e receber outros aditivos (corante, aromatizante); - pode ser desalcoolizada.
De qualquer maneira, é só testar: o resultado é um produto completamente diferente do Espumante. Vale ressaltar que há marcas que são reconhecidas no mercado brasileiro como sinônimo de sidra, que popularizou esta bebida no Brasil.
Para reconhecer este produto na prateleira de um supermercado é só olhar os rótulos que devem ter as mesmas exigências das demais bebidas já citadas.
Fermentado de Frutas
Há ainda o fermentado de frutas genérico. Trata-se de uma bebida com graduação alcoólica de 4% a 14% em volume. Sua elaboração se dá a partir do mosto de fruta sã, fresca e madura de uma única espécie, do seu suco integral ou concentrado, ou polpa, que poderá nestes casos, ser adicionado de água. Este produto pode ser adicionado de açúcar, de aditivos (corante, aromatizante) e de água. Pode também ser adicionado de dióxido de carbono, passando assim a chamar-se “fermentado de (nome da fruta) gaseificado”. Ele pode ainda ser desalcoolizado.
Dentre os fermentados há ainda o Hidromel, que é o fermentado de mel, o
fermentado de cana e o saquê ou Sake, que é o fermentado de arroz.
Ah, e como fermentado ainda temos a cerveja que é obtida pela fermentação
alcoólica do mosto cervejeiro proveniente do malte de cevada e água potável, por ação de levedura e com adição de lúpulo. Sendo que o malte de cevada poderá ser substituído em até 45% por adjuntos cervejeiros, ou seja, cereais maltados ou não-maltados, bem como amidos e açúcares de origem vegetal – sim dá para colocar milho e arroz para fazer cerveja!
O que mais nós encontramos no mercado referente a este tipo de produto é o seguinte:
Bebida Alcoólica Mista
A bebida alcoólica mista, como o próprio nome já diz, é uma mistura de bebidas. Dentre estas podemos encontrar o cooler, a sangria e os mais variados coquetéis. Esta deve ter graduação alcoólica de 0,5 a 54%, devendo ser elaborada com: álcool etílico potável de origem agrícola; destilado alcoólico simples de origem agrícola; bebida alcoólica; ou a mistura destes. Ela pode ainda ser adicionada de: bebida não-alcoólica; de suco de fruta; de fruta macerada; de xarope de fruta; de leite; de ovo; de outra substância de origem vegetal; de outra substância de origem animal. E esta poderá ainda ser gaseificada, adoçada e aditivada (com corantes e aromatizantes). Que mistura!

Refrigerante - Sidra V

O refrigerante é um produto não alcoólico.
Qualquer destas bebidas acima mencionadas não poderão ser consideradas sem álcool – na dúvida saiba que o que você está tomando é refrigerante. No máximo estas podem ser desalcoolizadas, mas até 0,5% de álcool em volume, que é o limite para se considerar uma bebida alcoólica ou não alcoólica.
E o que é o refrigerante?
É a bebida gaseificada, obtida pela dissolução, em água potável, de um suco ou extrato vegetal, adicionada de açúcar. Para cada tipo de fruta há um percentual mínimo de suco que o refrigerante deverá conter:
Tipo de fruta ou extrato vegetal Percentual contido no refrigerante
Laranja, tangerina e uva 10%
Maçã 5%
Limão 2,5%
Guaraná 0,02%
Noz de cola Deve conter
Não dá para confundir as coisas, né?
Mas... como é que eu vou encontrar este produto no mercado?
Há produtos, perdidos no meio dos espumantes, que em regra possuem um dizer bem grande do tipo “não alcoólico”. E em algum lugarzinho da embalagem nós encontramos a definição de que se trata de refrigerante! Infelizmente há empresas que usam a mesma marcar e a mesma embalagem para identificar todos os produtos acima mencionados!
Bem, é assim que vamos encontrá-lo na prateleira do supermercado, bem longe dos outros refrigerantes:

Referências:
Lei do Vinho – Lei n. 7.678/1988 - Dispõe sobre a produção, circulação e comercialização do vinho e derivados da uva e do vinho, e outras providências.
Decreto do Vinho – Decreto n. 99.066/1990 - Regulamenta a Lei n.° 7.678, de 8 de novembro de 1988, que dispõe sobre a produção, circulação e comercialização do vinho e derivados do vinho e da uva. Lei de Bebidas – Lei n. 8.918/1994 - dispõe sobre a padronização, a classificação, o registro, a inspeção, a produção e a fiscalização de bebidas. Decreto de Bebidas – Decreto n. 6.871/2009 - Regulamenta a Lei no 8.918,
de 14 de julho de 1994, que dispõe sobre a padronização, a classificação, o registro, a inspeção, a produção e a fiscalização de bebidas.
Este material pode ser reproduzido, no todo ou em parte, desde que citada a fonte:
Bruch, Kelly Lissandra. Nem tudo que borbulha é ESPUMANTE. Bento
Gonçalves: IBRAVIN, 2009. 9 p.

Foi uma aula, não? Mas valeu a pena a leitura até o final.

Ainda sobre espumante x sidra – Sidra VI

Olá Danilo

A respeito do questionamento relacionado a Sidra e Espumante, espero poder contribuir com uma questão legal. De acordo com a legislação brasileira, LEI Nº 7.678, DE 8 DE NOVEMBRO DE 1988, mais tarde alterada em alguns de seus itens pela LEI Nº 10.970, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2004, "Vinho é a bebida obtida pela fermentação alcoólica do mosto simples de uva sã, fresca e madura" (art. 3º), sendo que a "denominação vinho é privativa do produto a que se refere este artigo, sendo vedada sua utilização para produtos obtidos de quaisquer outras matérias-primas".
Para completar, o artigo 11 desta mesma legislação destaca que "Champanha (Champagne), Espumante ou Espumante Natural é o vinho cujo anidrido carbônico provém exclusivamente de uma segunda fermentação alcoólica do vinho em garrafas (método Champenoise/tradicional) ou em grandes recipientes (método Chaussepied/Charmad), com uma pressão mínima de 4 (quatro) atmosferas a 20ºC (vinte graus Célsius) e com teor alcoólico de 10% (dez por cento) a 13% (treze por cento) em volume." (NR)
Já a legislação sobre sidras salienta que "Sidra é a bebida com a graduação alcoólica de 4 (quatro) a 8º G.L. (oito graus Gay Lussac), obtida pela fermentação alcoólica do mosto de maçãs frescas e sãs, podendo ser adicionado suco de pêra em proporção máxima de 30% (trinta por cento) e sacarose em quantidade não superior aos açúcares em quantidade". Parágrafo único. A sidra poderá ser gaseificada, sendo proibida a denominação sidra-champanha ou expressão semelhante.
Espero poder ter contribuído
Um ótimo Natal a todos e um 2010 borbulhante

Cassius André FantiJornalista (Reg. Prof. 9.727)cafanti@redesul.com.br
(54) 8135 3655

Mais espumante x sidra – Sidra VII

Ucha, olha só que apropriado.De novo surgiu a polêmica Espumantes x Sidra entre os leitores do teu prestigiado blog.E nós do Ibravin acabamos de editar uma cartilha chamada “Nem tudo que borbulha é espumante”, que tem o objetivo de informar os consumidores – e os interessados em geral – sobre a diferença existente entre o espumante e produtos substitutos (Sidras, Filtrado Doce, Frisantes etc). O conteúdo do material foi elaborado pela da advogada Kelly Lissandra Bruch, assessora jurídica do Ibravin e profunda conhecedora da legislação que rege os produtos derivados da uva no Brasil e também no mundo. Mestre em Agronegócios pela UFRGS, Kelly Bruch acaba de chegar de Paris, na França, onde faz doutorado em Direito na Université Rennes, em parceria com a UFRGS. Abaixo, a parte específica que trata sobre sidra.
Em anexo, a cartilha completa.
Fique à vontade para publicar no teu blog, nas tuas publicações e disseminar do jeito que achar melhor.Um grande abraço e saúde!Orestes Jr.

Resposta – A Cartilha é a que está acima, enviada pelo advogado Roner Guerra Fabris. Obrigado, Orestes.

As peculiaridades do vinho

E, aproveitando a oportunidade da verdadeira aula que nos foi possibilitada pelo Fabris, ai vai uma dica para conhecer melhor as peculiaridades do vinho, no Centro Europeu de Joinville, em Santa Catarina.
Com o objetivo de formar profissionais capacitados para atuar no segmento da vinicultura, o Centro Europeu de Joinvile está com as matrículas abertas para o curso de Sommelier, que é reconhecido pela Associação Brasileira de Sommeliers (ABS), entidade que representa o segmento profissional no Brasil. Com duração de seis meses o curso do Centro Europeu aborda assuntos como técnicas de degustação; serviços do vinho; conhecimento das uvas viníferas; harmonização enogastronômica; enologia; enografia; técnicas de degustação; processos de vinificação; métodos de conservação e armazenagem; defeitos e alterações no vinho; vinhos do mundo; leitura dos rótulos; sistemas de denominações; e legislação vinífera.
A escola tem parcerias firmadas com alguns dos principais órgãos da vinicultura mundial, entre eles o Instituto Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) e para os alunos interessados em conhecer um pouco mais sobre os processos do vinho, o Centro Europeu disponibiliza, também, visitas técnicas a fornecedores e vinícolas no Brasil e exterior, assim como jantares temáticos, com o objetivo de trabalhar a harmonização e interpretação enogastronômica.
As aulas do curso de Sommelier do Centro Europeu terão início em março de 2010 e acontecem na sede da instituição, localizada na rua Henrique Meyer - 280. Mais informações pelo telefone (47) 3029-4344. Atendimento à imprensa: Lide Multimídia – Assessoria de Imprensa - Eduardo Betinardi - Email: redacao10@lidemultimidia.com.br - Fones: (41) 3016-8083 ou 8803-6070 - www.lidemultimidia.com.br

Reveillon com vinho, arte, música e gastronomia

A enóloga Maria Amélia e o condomínio Ilhas Park organizam um grande encontro para o Reveillon 2010, em Atlântida/RS. Uma ceia especial, harmonizada com os melhores espumantes brasileiros, buffet kids, além dos lounges temáticos SCA e Atelier Namorado em torno da piscina são algumas das atrações. Após a queima de fogos da virada, festa show com a Banda Sunset Riders, com repertório dos anos 70 e 80. O “Atlântida Ilhas Park” é um loteamento fechado que valoriza a qualidade de vida, conforto e segurança, concebendo um novo conceito em condomínios no litoral gaúcho. Não só a beleza da arquitetura das amplas e luxuosas residências, mas também o fato de possuir o único heliponto do litoral, fazem do Ilhas Park um dos condomínios mais sofisticados do Rio Grande do Sul. O evento marca a abertura do Festival Aromas e Sabores de Verão, que chega em sua 5ª Edição. Ingressos limitados a 150 participantes. Reservas e informações pelo fone 51 9331 6098 ou mariaamelia@vinhoearte.comServiço

31 de dezembro, 21h30
Av Central de Atlântida, 1500 - Atlântida RS

21H30 - RECEPÇÃO
DRINKS E CAIPIRINHAS ILHAS DE ESPUMANTE BRUT E MOSCATEL
MESA DE FRUTAS SECAS E QUEIJOS CERVEJA REFRIGERANTE SUCOS ÁGUA CANAPÉS
LOUNGE SCA ATELIER NAMORADO 22H - CEIA - BUFFET DE ANO NOVO
PRATOS QUENTES· ROSBEFF DE MIGNON· PERNIL DE PORCO ASSADO· LEITÃO A PURURUCA· LOMBO AOS CUIDADOS DA CERVEJA NEGRA· CARRE DE PORCO NA MOSTARDA EM GRÃO· CORDEIRO AO MOLHO DE ERVAS· PEIXE A BELLA· CAMARÃO NAS NATAS· PRESUNTO TENDER CARAMELADO· BACALHAU A ZÉ DO PIPO SALADAS· SALPICÃO· WALDORF· BATATAS ALA GREGA· MIX DE FOLHOSOS COM FRUTAS· DE FRUTOS DO MAR· MARISCOS E LULAS A PROVENÇAL· MAIONESE DE CAMARÕES ACOMPANHAMENTOS· ARROZ A GREGA· ARROZ BRANCO· FAROFA DE SARRABULHO· LENTILHA· BATATAS PALHA· BATATAS SOUTÉ· RABANADA SOBREMESAS· FRUTAS DA ESTAÇÃO COM CALDA DE CHOCOLATE· TORTA DE PROFITEROLES· MOUSSES VARIADOS· TORRE DE BOMBAS DE BABA DE MOÇA

CAFÉ
• MESA DE CAFÉ E CHÁ• TRUFAS NEGRAS E BRANCAS• LICORES

ACOMPANHA (TODA A FESTA):
ESPUMANTES CASA VALDUGA MIOLO DON LAURINDO SALTON MARSON
CERVEJA REFRIGERANTE SUCOS ÁGUA CAFÉ

0H - FOGOS DA VIRADA

0H 30 - FESTA SHOW COM A BANDA SUNSET RIDERS e DJ
A banda apresenta cover de clássicos do pop internacional, destacando-se por sua fidelidade vocal e instrumental na execução de músicas de Christopher Cross, Phil Collins, America, Beatles, Bee Gees, Creedence Clearwater Revival, Depeche mode, Oingo boingo, Men at Work, Midnight Oil, Eric Clapton, Pink Floyd, Simply Red, Erasure, Aha, Eagles, Electric Light Orchestra, Toto, entre outros.

VALOR INDIVIDUAL - tudo incluso -
MORADORES ILHAS PARK e CONVIDADOS - R$ 275,00
NÃO MORADORES - R$ 300,00
Crianças de 0 a 7 anos - isentos
8 a 12 - R$ 70,00
12 a 17 anos - R$ 140,00

VALOR APENAS SHOW/PÓS VIRADA - R$ 140,00
(opção retrita a moradores)

Não incluso - vinho e whisky - haverá carta de bebidas. Quem desejar, pode trazer seu vinho ou espumante para comemorar a virada.

Informações e reservas: 51 9331 6098 mariaamelia@vinhoearte.com

Realização: Sul Prime Administradora de Condomínios / Vinho e Arte

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Comentários

Como já informei várias vezes, nem sempre consigo editar no Blog os comentários que recebo. Por isso, procura reproduzi-los aqui na abertura.

Sidra é espumante?

Atualidades do Turismo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Sidra e espumante": Gostaria de tirar uma dúvida: Porque a sidra não classificada como espumante? Até onde sei, os processos da sidra e do vinho espumante são iguais, o que muda é a fruta fermentada. Não é só isso? existe alguma outra diferença? Por que se for apenas isso, a sidra pode sim ser classificada como espumante, não como vinho (óbvio) mas sim como espumante de maçã.Gostaria de mais informações sobre isso. Será que essa "legislação" comentada pelos senhores não está baseada num certo preconceito com a uma bebida popular e de baixo valor comercial e até de sabor "duvidoso"!!

Resposta – Confesso que só sei que não pode ser chamada de “espumante” por ser de maçã. Deixo uma resposta mais detalhada para meus leitores enólogos ou especialistas, como o crítico de vinhos Olyr Corrêa, que dá palpite em tudo.

Vinhos do Barichello

Bom dia Ucha, tudo bem !
Como andam as coisas aí por Porto Alegre? espero que bem.
Aproveito para lhe parabenizar pelo Blog, tenho acompanhado diariamente e fico feliz com tanta informação bacana à respeito dos vinhos brasileiros.
Show de bola !
Faço este contato também para falar a respeito de uma matéria que vc colocou no Blog, "Entrevista com Barichello", produtor de vinhos de Porto Alegre.
Gostaria de ter mais infos dele, como é o vinho, já degustaste, vc acha que vale a pena um trabalho para colocar este vinho aqui no catálogo da Eivin, minha distribuidora?
Se puder comente, por favor.
Obrigado.
Grande abraço.
Att.
Marcio MarsonSócio DiretorMobile: + 55 11 8212 9975
Office: + 55 11 5042 3890
E-mail: marcio@eivin.com.br
site: www.eivin.com.br

Resposta – Obrigado pelos comentários, Márcio. Eu, particularmente, bebi alguns vinhos do Barichello, elaborados na Vila Nova, em Porto Alegre, e gostei muito. Meu amigo José Antônio Pinheiro Machado, o Anônimus Gourmet, exagerado como sempre, diz que “é, sem dúvida, o melhor vinho do Rio Grande do Sul”. Se tiveres interesse, posso te arranjar o endereço da Villa Bari.

Lacaune

O Olyr Corrêa, manda perguntar, do Rio, quem, em Livramento, cria ovelha lacaune, especial para a produção de leite e de queijos ideais para se comer com um bom vinho.
Respondi que, pelo que sei, os fazendeiros David Fontoura Martins, Claudino Loro e Caco Arteche, que foram uma espécie de pioneiros desta raça na região da fronteira gaúcha.
Também informei que, em Viamão, o artista plástico Paulo Aguinsky, criador de ovelhas, é um grande produtor de queijos de ovelha, já comentados aqui no Blog. Seus produtos são vendidos, inclusive, no Mercado Público de Porto Alegre. E que, na serra, em Bento Gonçalves, o Michelon, da Casa da Ovelha, faz queijos de ovelhas maravilhosos, resultado de um projeto iniciado quando se pensou em levar ovelhas para a serra para pastar sob os parreirais e, assim, além de ser uma nova atitividade produtiva dos vinhateiros, ajudaria a limpar a área dos vinhedos.

Associação de Produtores de Queijos Especiais

Aí, o Olyr explicou a pergunta:

“É que, por iniciativa de um mineiro amigo meu de Divinésia - MG, está sendo criada a Associação de Produtores de Queijos Especiais. Como não havia nenhum de ovelha quis saber para indicar um contato.
Então, não há produtores de queijo de ovelha em Livramento?
Só na serra?
O Paulo Aguinsky não é parente da Fabiana Aguinsky da Vespa Importações e do Carroussel de Rivera?

Roleta russa

Abri outra garrafa de Indómita Reserva Cabernet Sauvignon 2007.
Muito bom. Sem excesso de SO2, o vinho revela porque venceu o concurso da Decanter.
Acidez correta, taninos como devem ser (taninos são tânicos) e não aveludados, sedosos e outros qualificativos que são mais para cabelo de mulher.
Equilibrado, com tudo em cima, o álcool nem aparece.
Roleta russa é isso aí.
Olyr Corrêa, Rio

Vale dos Vinhedos espera mais de 35 mil turistas para a vindima 2010

Vinícolas, hotéis, restaurantes e pousadas preparam atrações especiais para recepcionar o visitante. Quem visitar o Vale dos Vinhedos nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2010 terá um motivo a mais para se encantar com o principal roteiro enoturístico do Brasil. É tempo de colheita da uva na região e as cantinas, pousadas, hotéis e restaurantes reservam atrações diferenciadas ao visitante.
Atraídos pela possibilidade de colher uvas e degustar uvas e vinhos, além de participar de eventos típicos para celebrar a nova safra, cerca de 37 mil visitantes deverão estar desembarcando no Vale entre os meses de janeiro a março. A expectativa é da Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale), embasada no crescimento de 15%, registrado no inverno deste ano. No primeiro trimestre de 2009, o Vale recebeu cerca de 32 mil turistas.
Como ocorre todos os anos, a vindima no Vale dos Vinhedos reserva ao visitante momentos de festa, alegria e de celebração com a chegada de mais uma safra. O perfume das uvas e o cheirinho do vinho podem ser sentidos em cada parada do roteiro. Parreirais carregados cobrem os vales formando um gigantesco tapete. Tudo gira em torno da colheita. É possível caminhar entre os vinhedos e degustar diretamente da videira diversas variedades de uvas, além de acompanhar de perto o início do processo de elaboração dos vinhos.
Para marcar este período e enaltecer a cultura do vinho, o trade turístico do Vale dos Vinhedos preparou atrações diferenciadas para o início de próximo ano. Confira abaixo a programação da Vindima 2010 no Vale dos Vinhedos.

Programação:

Abertura da Vindima do Vale dos Vinhedos
Local: Hotel Villa Michelon
Dias: 30 e 31 de janeiro
Programação:
- Solenidade de abertura, exposição de uvas e de artesanato, colheita de uvas no parreiral modelo do hotel, pisa das uvas pela rainha e princesas da corte da Fenavinho e do Vale dos Vinhedos, missa festiva, filó festivo (reuniões tradicionais italianas com comida, música, dança e jogos), jogos típicos italianos, apresentação de coral, colazione (café da manhã típico italiano), degustação de vinhos do Vale dos Vinhedos.
Mais informações: pelo telefone (54) 3459.1800 ou pelo e-mail hotel@villamichelon.com.br.

Festa da Vindima Casa Valduga
Local: Complexo Enoturístico Casa Valduga
Dias: aos sábados, de 30 de janeiro a 13 de março
Programação:
- Colazione (café da manhã típico italiano), colheita de uvas, passeio de dindinho, apresentação de coral com realização de sabrage (abertura de garrafas de espumante com antigas espadas) nos parreirais, degustação de vinhos e suco de uva, almoço harmonizado, visita à unidade de maturação, engarrafamento, envelhecimento e caves de espumantes, visita à unidade de vinificação, visita à Capela das Neves com relatos da história da imigração italiana, esmagamento de uva com os pés e jantar harmonizado de encerramento nos parreirais.
Mais informações e inscrições: pelo telefone (54) 2105.3122 ou pelo e-mail valduga@casavalduga.com.br

Dia da Colheita Pizzato
Local: Pizzato Vinhas e Vinhos
Dias: 6, 13, 16, 20 e 27 de fevereiro
Horário: das 9h às 13h
Programação:
- Visita guiada pelo proprietário da vinícola aos parreirais, acompanhamento das etapas de vinificação com acompanhamento do enólogo, pisa das uvas e degustação de vinhos finos. A programação é encerrada com um almoço harmonizado com vinhos e espumantes.
Mais informações e reservas: pelo telefone (54) 3459.1155 ou pelo e-mail pizzato@pizzato.net.

Cursos de degustação / harmonização
Local: Restaurante Don Ziero / Vinícola Cordelier
Dias: de segunda às sextas-feiras, no período entre janeiro e março
Programação:
- Horário: das 10h às 11h45min.
- Conteúdo: Curso de degustação com abordagem teórica sobre a história da viticultura, os processos de elaboração de vinhos e espumantes e noções de análise sensorial. Inclui o serviço de petiscos, a entrega de material didático e de certificado.
Mais informações e inscrições: pelo telefone (54) 3453.7593 ou pelo e-mail: donziero@cordelier.com.br

Degustação Top Premium Lidio Carraro
Local: Vinícola Boutique Lidio Carraro
Dias: Diariamente, sob reserva para grupos de até 14 pessoas
Horário: 19h
Programação:
- Degustação fechada da linha de vinhos especiais com apresentação de palestra sobre trajetória da vinícola.
Mais informações e agendamento: pelo telefone (54) 2105.5555 ou pelo e-mail atendimento@lidiocarraro.com

Wine Day Miolo
Local: Escola do Vinho Miolo
Dias: 06 de fevereiro - Vinhos Brancos e espumantes
13 de março - Vinhos Tintos
Programação:
- Horário: das 9h às 16h
- Conteúdo: Um dia acompanhando todo o procedimento de elaboração dos vinhos, desde a vista aos parreirais, colheita de uva, etapas de vinificação com degustação de mostos, visita às caves de maturação e envelhecimento, processo de rotulagem e engarrafamento. Curso de iniciação às análises sensoriais com degustação de vinhos. Encerramento com almoço harmonizado na Osteria Mama Miolo e entrega de certificados.
* Inscrições: Vagas esgotadas. Inscrições somente para a lista de espera.
Mais informações: pelo telefone (54) 2102.1500 ou pelo e-mail gabriela@miolo.com.br

Wine Maker Miolo – Aula Final Turma 2009
Dias: 14 a 17 de janeiro
Local: Vinícola Miolo
Programação: Último encontro da turma de Winemakers 2009. O encerramento do programa compreende a fase de engarrafamento e rotulagem dos vinhos elaborados pelos inscritos no curso. Programação exclusiva para os alunos da turma e para jornalistas interessados na cobertura do programa.
Mais informações e inscrições: pelo telefone (54) 2102.1500 ou pelo e-mail gabriela@miolo.com.br

Festa da Colheita Hotel e SPA do Vinho Caudalíe
Local: Hotel e SPA do Vinho Caudalíe
Dias: sextas e sábados, entre 5 de fevereiro e 28 de março
Programação:
- Jantar temático “História do Vale dos Vinhedos” na Trattoria Damigiana, Prima Colazzione (café da manhã colonial) no quarto, passeio e colheita em parreirais centenários com brítola tradicional, almoço típico italiano ao ar livre ao som de coral de imigrantes italianos, pisoteio de uvas e degustação de vinho doce, Carte Du Jour no SPA Caudalíe, brunch ao espumante e late check out.
Mais informações e agendamento: pelo telefone (54) 2102.7200 ou pelo e-mail reservas@spadovinho.com.br

Estoques de vinhos preocupam

O incremento de vendas dos últimos meses e o processo de recuperação da economia estão deixando o setor vinícola mais otimista para 2010, segundo avalia a presidente do Sindicato da Indústria do Vinho do Rio Grande do Sul – Sindivinhos/RS, Cristiane Passarin. Ela lembra que na comparação de outubro de 2009 com outubro de 2008, houve um crescimento de 13% na comercialização de vinho de mesa; 5% na de vinhos finos; 15% na de espumantes e de 30% na de suco de uva em geral. “São números expressivos que, embora não devam ser encarados com excesso de euforia, representam uma razoável retomada para a indústria vinícola”, resume a dirigente.
O grande problema, porém, destaca, é a existência de um estoque de cerca de 70 milhões de litros de vinho de mesa vindos da safra anterior. Este excesso faz com que o mesmo continue sendo vendido a preços inferiores ao custo de produção. Conforme Cristiane as entidades do setor estão gestionando a solução do problema junto à Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB – através da transformação desses estoques em álcool vínico, a ser utilizado na correção alcoólica (grau) do vinho. “Esta é uma questão crucial porquanto afeta a esmagadora maioria das vinícolas, que são de pequeno e médio porte, sendo o seu equacionamento da maior urgência, até porque a nova safra de uvas já começa a ser colhida a partir de janeiro”, alerta a presidente do Sindivinho/RS.

Degustação no aeroporto

Os vinhos brasileiros ganharam uma vitrine invejável a partir deste final de semana (dias 19 e 20). O Projeto Wines From Brazil (WFB), realizado em parceria pelo Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho) e pela Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), inaugurou um quiosque de degustação de vinhos e espumantes nacionais na loja “Do Brasil” situada no embarque internacional do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, principal acesso de passageiros brasileiros e estrangeiros que saem do País. Segundo a gerente de Promoção Comercial do Wines From Brazil, Andreia Gentilini Milan, esta é a primeira ação realizada com o Dufry-Duty Free. Ela informa que, até meados de fevereiro, serão degustados vinhos e espumantes de três marcas – Casa Valduga, Lidio Carraro e Miolo, que atualmente já são comercializadas no Duty Free. “Fizemos uma embalagem especial com a possibilidade do consumidor comprar três vinhos, um de cada vinícola”, comenta Andreia, acrescentando que serão distribuídos folders explicativos da campanha “Abra sua cabeça, abra um Vinho do Brasil”. A ação também contempla a ambientação nas gôndolas (prateleiras) dos vinhos verde-amarelos nas lojas “Do Brasil” do embarque internacional do aeroporto de Guarulhos. “Queremos aumentar a visibilidade da categoria Vinhos do Brasil, ampliando as vendas dos produtos listados e contribuindo para a inclusão de novos itens, de outras vinícolas, no portfólio de produtos do Duty Free”, ressalta Andreia.

Buquê dos Vinhos

Nova casa de vinhos em Porto Alegre. A Buquê dos Vinhos funciona na rua Eudoro Berlink, 675, de segunda-feira a sábados, das 9h às 20h. Dispõe de mais de 200 rótulos de vinhos nacionais, inclusive artesanais. Endereços: contato@buquedosvinhos.com.br e WWW.buquedosvinhos.com.br

Abrir espumantes

O tradicional sofrimento para abrir a garrafa do champanhe em importantes datas comemorativas é coisa do passado. A Brinox desenvolveu um produto para facilitar a vida dos apreciadores da borbulhante bebida, o “Abridor de Espumante”. Prático, o utensílio permite retirar a rolha sem fazer força. O charme do antigo estouro do champanhe fica por conta da própria bebida, que deve ser servida bem gelada! Custa R$ 39,00.

Frescor e jovialidade na garrafa

O enólogo Nauro Morbini, da Vinícola Aurora, eleito pela Associação Brasileira de Enologia o Melhor Enólogo de 2009, escreveu um artiguete sobre os vinhos nacionais. Ei-lo:
“Atualmente, a maioria dos vinhos nacionais é jovem, tem aromas frutados, teor alcoólico não muito elevado e uma acidez que se tornou equilibrada com a melhoria da matéria-prima. Tudo isso ajudou a tornar os vinhos brasileiros leves, mais "fáceis de beber". As pessoas em todo o mundo estão voltando os olhos para este tipo de vinho, e é aí que o produto brasileiro vai ter sua identidade e qualidade reconhecida. Isso, claro, sem deixar de lado os vinhos mais encorpados. Afinal, o vinho nacional é elaborado em várias regiões do país, com terroirs específicos, microclimas diferenciados, que permitem a elaboração de vinhos de qualidade dos mais diversos estilos: dos brancos leves aos tintos encorpados, sem deixar de lado os espumantes jovens e espumantes de guarda que vem se destacando no mercado nacional e internacional. Mas o frescor e a jovialidade estão definitivamente se tornando característicos do vinho brasileiro. Essas características são mais expressivas ainda quando falamos dos Espumantes. Este estilo de vinho tem se destacado muito pela qualidade internacionalmente reconhecida, com frequentes premiações por todo o planeta. O terroir da Serra Gaúcha, principalmente nos locais de maior altitude, como Pinto Bandeira, em Bento Gonçalves, é ideal para este tipo de vinho, com destaque para as uvas Chardonnay, Pinot Noir e Riesling. Aproveite o calor do verão e brinde com o Espumante nacional. Saúde!”

Jantar com Lula

O ano termina com um importante evento para as vinícolas nacionais. Na segunda-feira, 21 de dezembro, empresários do setor participaram de jantar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além de apresentar a Lula os produtos brasileiros premiados, a situação do mercado nacional do vinho ocupou boa parte da pauta. O encontro aconteceu no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, e o jantar foi preparado por sete chefs brasileiros.
No jantar, promovido pela Apex-Brasil, o presidente Lula recebeu as reivindicações do setor vitivinícola, harmonizadas com vinhos e espumantes brasileirosSeis reivindicações do setor vitivinícola brasileiro foram contempladas em um documento com as cobranças de 74 consórcios exportadores entregue pelo presidente da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), Alessandro Teixeira, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O jantar preparado foi harmonizado com seis vinhos e espumantes brasileiros de quatro vinícolas indicadas pela Apex-Brasil para representar o setor no evento – Aurora, Casa Valduga, Miolo e Salton. O encontro reuniu 20 ministros, o governador Sérgio Cabral e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. O presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, Denis Debiasi, liderou a comitiva do setor vitivinícola, que teve ainda a participação de Daniel Salton (presidente da Salton), Juarez Valduga (diretor da Casa Valduga), Marcelo Toledo (CEO da Miolo Wine Group) e Alem Guerra (diretor-geral da Aurora). No local, foram expostos seis dos 188 produtos premiados pelo Brasil em 36 concursos internacionais realizados até novembro deste ano. O balanço das medalhas conquistadas pelo Brasil mundo afora já soma 2.084 premiações desde 1995. Os pleitos do setor vitivinícola contemplam a redução da carga tributária; a desoneração das exportações; a mudança da política cambial; a ampliação das ações de promoção das exportações; o apoio ao Programa de modernização e inovação da vitivinicultura; e o incremento da participação do Brasil na OIV (Organização Internacional do Vinho). “Levamos as nossas angústias e também as sugestões do setor ao conhecimento do presidente Lula, visando aumentar a competitividade e o crescente aumento de qualidade dos vinhos brasileiros”, disse o presidente do Ibravin, Denis Debiasi.
O jantar preparado por sete chefs brasileiros teve o espumante Prosecco da Salton e o Brut da Aurora servidos na hora dos coquetéis, junto com caipirinhas de frutas típicas do país. A entrada foi servida com o vinho branco Sauvignon Blanc da Miolo. Os pratos com frangos e massas tiveram a companhia do Chardonnay da Casa Valduga. A carne foi guarnecida pelo Merlot da Miolo. E a sobremesa foi acompanhado do espumante rosé da Salton.

As reivindicações

Redução da carga tributária – esta medida se faz necessária para dar maior competitividade interna. Em países como Argentina, Chile e membros da Comunidade Européia, que são grandes produtores, os vinhos, por serem um produto de base agrícola e ter grande capacidade de geração de emprego e renda, não têm tributos nas fases de produção da uva e elaboração do vinho. Isto estabelece uma diferença competitiva importante, muito mais favorável a importação do que a exportação.
Desoneração das exportações – mesmo que os principais impostos seja deduzidos nas exportações, pelo mesmo motivo exposto no item anterior, nossos produtos ainda apresentam problemas de competitividade, inclusive nas exportações, sendo necessário ampliar os mecanismos de desoneração das importações.
Taxa cambial – a valorização do Real traz problemas duplos para o setor vitivinícola, pois favorece as importações e dificulta as exportações. Ambas as situações penalizam a indústria brasileira de vinhos.
Ampliação das ações de promoção das exportações – investimentos na construção e fortalecimento da imagem do país no que tange aos aspectos vitivinícolas, articulação das ações e de uso promocional dos produtos vitivinícolas nas Embaixadas e ampliação de recursos de promoção pela APEX Brasil.
Programa de modernização e inovação da vitivinicultura – ação articulada e interministerial envolvendo os ministérios da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior, juntamente como o setor produtivo, para implementação de um programa de modernização e inovação da vitivinicultura.
Participação do Brasil na OIV – Ampliar e consolidar a participação do Brasil na Organização Internacional da Uva e do Vinho (OIV), da qual o Brasil é membro desde 2005, possibilitando que o setor privado tenha participação de apoio e sustentação às ações desenvolvidas pelo Ministério da Agricultura e MRE. A OIV é um organismo intergovernamental que discute e estabelece regramentos para a produção, comércio e consumo de vinhos.

Casa Perini mudou rótulos

Depois de serem agraciados com medalhas em concursos de âmbito nacional e internacional, os espumantes Casa Perini — Brut Prosecco, Brut Método Charmat, Brut Rosé, Moscatel Processo Asti e Moscatel Aquarela — ganharam nova identidade visual. O conteúdo dos espumantes continua o mesmo, mas os rótulos e gargalos das embalagens de 750 ml e 375ml com a marca Casa Perini estão mais distintos. O gargalo, que antes levava o brasão da marca na parte central, foi substituído pela folha da marca Casa Perini.
O sexto espumante da linha, o Brut Champenoise, trocou de família. Agora ele passa a fazer parte da linha Premium Perini. Seu rótulo também está ganhando novo layout, com a mesma identidade dos outros Premium Moscatel 10 e Nature.
Há sete anos a linha de Espumantes Casa Perini era composta por três produtos: Moscatel, Brut Charmat e Brut Champenoise. Hoje a família cresceu e também agrada os apreciadores de Brut Prossecco, Brut Rosé e Moscatel Rosé (Aquarela). Segundo Franco Perini, gerente comercial da Vinícola Perini, “nosso mix de espumantes dobrou, passando de três para seis; e diante desta evolução foi necessário aprimorarmos a apresentação das garrafas, seguindo as novas tendências de design”. Para o ano que vem o objetivo da Vinícola Perini é superar a expectativa de aumento de 40% em vendas entre novembro de 2009 e março de 2010.

Fausto Pizzato Brut

A Costi Bebidas, na rua Dr. Barcelos, 910, em Porto Alegre, realizou uma excelente degustação, dia 19, como espumante Fausto de Pizzato Brut e o vinho Fausto Rosé, duas excelentes opções para as festas de final de ano. Durante a degustação os produtos foram comercializados com 10% de desconto. Horário de Funcionamento da loja: de 2ª a Sábado das 10 às 20h.
Espumante Brut Branco, elaborado pelo processo charmat utilizando a uva chardonnay e a base blanc de noir, com as castas merlot e cabernet sauvignon, o Fausto Brut apresenta aromas de frutas cítricas maduras, frutas cristalizadas e pão. Refrescante, deve ser servido a uma temperatura de 4°C a 7°C. Perfeito para beber em momentos descontraídos, com amigos, em festas e coquetéis. Também é ideal para acompanhar peixes, frutos do mar, carnes brancas, aperitivos e sobremesas. A graduação alcoólica é de 12,5%
No rosé, a uva merlot foi apenas desengaçada, sem passar pelo processo de moagem. Permaneceu em maceração pelicular a frio no tanque (mosto, polpa, semente e película), e depois houve a prensagem leve de toda a massa. Fermentação em tanques de aço, com adição de leveduras selecionadas. Grad. Alc. a 20 ºC 12,8 %. Visual: Límpido e de cor rosado-média, com nuances de salmão. Aroma: Notas florais, de frutas vermelhas e tropicais (morango, framboesa, goiaba, figo verde em compota); Boca: Frutado e floral em boca, com acidez e álcool equilibrado. Vivaz, com ótimo frescor e juventude. Seco.Compatibilização: Aperitivos, sanduíches, quiches, pratos leves e peixes.
Outra oferta da Costi, neste período de fim de ano, é o kit especial para presentear e refrescar o verão que está chegando, o Chandon Cooler Pack é composto de duas garrafas de Chandon Réserve Brut e estojo em embalagem impermeável que se transforma em um verdadeiro balde de gelo, para manter as garrafas na temperatura ideal em qualquer lugar. O Chandon Cooler Pack é uma opção perfeita para comemorar as festas de final de ano e presentear em momentos marcantes.
Em homenagem aos amantes da combinação espumante e gastronomia japonesa, há o Chandon Sushi Set. Leve, saudável e prazerosa, a gastronomia japonesa combina muito bem com o clima tropical brasileiro e poucos sabem que ela harmoniza perfeitamente com espumantes. Lembrança dos 100 anos da imigração japonesa no Brasil, nasceu o exclusivo Chandon Sushi Set, que contém 2 garrafas de Chandon Réserve Brut 750 ml, 2 pares de hashis, 2 porta-hashis, 2 pratos para sushi, 2 pratos para shoyu e 2 esteiras.

Joel Falcone

O amigo Joel Falcone, presidente do Clube do Vinho da Paraiba, publicou um interessante artigo no semanário Conraponto, edição de 18 a 14 de dezembro, intitulado Bouche à bouche. Fala sobre os vinhos argentinos.

Vinho e mulher bonita

Muito vinho, mulher bonita e roupas vistosas foram os destaques da festa de apresentação dos trajes oficiais das soberanas da Festa da Colheita 2010 do Distrito de Tuiuty, em Bento Gonçalves, que se desenrolará nos dias 6,7, 13 e 14 de fevereiro. A apresentação dos trajes das soberanas da Festa da Colheita 2010 foi realizada dia 21 de dezembro, no salão nobre da prefeitura de Bento Gonçalves, em cerimonial que marcou o lançamento oficial da festa. A rainha Suélen Lunelli e as princesas Carin Burtet e Angélica Rossi irão trajar a partir de agora vestidos desenhados por Patrícia Pedrotti, designer de moda moradora de Tuiuty.
As vestes, cheias de rendas, babados e pregas enfatizam a cultura italiana e as paisagens do distrito. "No vestido da rainha, a cor predominante é a cor de uva, juntamente com a cor verde, homenageando o produto local, responsável pelo sustento de grande parte das famílias da comunidade. A cor que veste as princesas representa o verde das paisagens locais e a imensidão dos parreirais", explica Patrícia. Esses elementos são reforçados nos detalhes, com uvas e folhas bordadas em pedras.
Em seu pronunciamento, o prefeito Roberto Lunelli mencionou a grandiosidade da festa. "Esses vestidos foram feitos para a maior festa do interior do município em termos de visitantes, realizada no distrito que apresenta o maior percentual de aumento de turistas nos últimos cinco anos", destacou. A Festa da Colheita 2010 ocorrerá nos dias 6, 7, 13 e 14 de fevereiro, no distrito de Tuiuty, em Bento Gonçalves, dentro do calendário de eventos do Estado. Esta será a sexta edição da festa, que busca a valorização das potencialidades econômicas e turísticas do Vale do Rio das Antas ao mesmo tempo em que resgata a história local e proporciona aos visitantes o conhecimento desses valores.

Novo Blog Sommelier Wine

A Wine vem trabalhando constantemente sua presença nas mídias sociais, com o intuito de agregar ainda mais valor e qualidade à sua marca e ao seu atendimento. “Toda essa movimentação no mundo virtual – dizem os diretores - foi imprescindível para a conquista da prestigiada posição de líder no comércio eletrônico de vinhos. A presença da Wine nas redes sociais e na blogosfera ilustra bem essa atuação consciente. Os canais de comunicação vêm nos possibilitando um relacionamento mais estreito com os clientes, amigos e apreciadores dos vinhos. Podemos citar parcerias com alguns blogueiros, que são para nós, além de amigos, fontes de conhecimento.O objetivo da Wine é estar sempre antenada às novidades e oferecer aos clientes o que há de melhor, principalmente quando falamos em praticidade e comunicação através da internet.”
“Por isso, colocamos no ar, recentemente, nosso novo blog: Sommelier Wine ( www.sommelierwine.com.br ). Nele apresentaremos novidades da Wine, harmonizações especiais, dicas e sugestões de vinhos de nosso sommelier, Manuel Luz, notícias interessantes sobre o mercado de vinhos em geral e algumas grandes histórias. Manuel é professor de sommelierie, palestrante em eventos importantes, além de outras várias qualificações que fazem de suas dicas um guia prático e imperdível do mundo dos vinhos.
www.wine.com.br
0800 602 9463
0800 602 WINE
Acompanhe as novidades da Wine no Twitter:
twitter.com/wine_vinhos

Vinho nas praias

A Miolo Wine Group inova neste verão ao lançar uma modalidade inédita de vendas de espumantes na beira da praia. Os produtos da linha Terranova literalmente circularão nas areias do litoral em carrinhos climatizados exclusivos da empresa. Os veranistas terão acesso às garrafinhas de 250 ml nas versões Brut e Moscatel ao custo de R$ 10 a unidade. A ação inicialmente ocorrerá nas principais praias de Florianópolis.
Em outra iniciativa inédita, a empresa distribuirá as garrafas pelo mesmo preço nos 60 quiosques da beira da praia do litoral norte gaúcho, de Tramandaí a Torres. A ação deve resultar na venda de 250 mil garrafas entre janeiro e fevereiro

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Mensagens

Escrevi, na edição passada do Blog: “Se sobrar tempo, irei a Rivera, beber um bom tannat dos Carrau, no Cerro Chapéu, um Don Melchor, em qualquer esquina, comprado em alguma loja free shop da cidade” e o Olyr Corrêa. Lá do Rio, mandou mensagem:
“Duas sugestões:
Compra o Tannat " del marco 636" aí do Cerro do Chapéu. Muito bom pelo preço e vinho uruguaio mesmo e não McWine. Custa como uns 120 pesos nos supermercados de pobre (Primavera, na Av. Brasil perto da Praça de Esportes).
Não te confunde com o Tannat 636 que é outro mas mais tosco. Este custa 100 pesos. Espero que pegues uma botella boa, sem muito anidrido sulfuroso.
No Le Carroussel, Agraciada 2ª quadra, compra o medalhista de ouro da Competição do Wine&Spirits: Novas Carménère Cabernet Sauvignon 2007. Se não tiver, lá na Siñeriz deve ter. A Santa Emiliana distribui bem em Rivera.
Bebe uma garrafa deste Dark, opaque ruby with cerise rim; remarkably rich and ripe nose and palate, the former showing blackberry and blackcurrant fruit laced with a whiff of oak and liquorice, the latter giving a densely textured, mouth coating but supple wine which is very full bodied, intense, dry with lashings of fruit and a fully structured tannic backbone. It will age beautifully.
E depois passa uma pena de ganso na goela para ver se eu não tenho razão. Este difere um pouco dos outros McWines porque realmente tens uns taninos apreciáveis.
Agora o Don Melchor não é mais vinho de qualquer esquina e vais ter de pagar uns 100 dólares a garrafa.”
Olyr Corrêa

Água com limão

A viagem a Livramento foi muito boa, mas não deu para fazer nada do que falei na edição anterior do Blog. Estava um calor dos infernos. Acabei acertando com meu amigo Marcelo Guerra, da Cabanha Dom Marcelo, o abate de cinco cordeirinhos texel da temporada – com menos de 6 meses – e fizemos um grande churrasco sobre as árvores de minha casa. Assamos também os rins, os corações e as cabeças e fizemos um verdadeiro festim que foi até às 3h da madrugada, com calor e tudo. Estava tão quente que não tive ânimo de beber vinho. Enquanto a turma bebia cerveja gelada, me contentei com água do Aquífero Guarani temperada com limão que bastava estender o braço para colher da árvore e espremer na hora.