sábado, 15 de março de 2008

Valduga faz opção pelos espumantes

A Vinícola Casa Valduga, do Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, uma das que mais tem investido em enoturismo - possui quatro restaurantes, uma pousada e começa a construir outro restaurante e um hotel spa - deverá somar investimento de cerca de US$ 20,5 milhões neste projeto de crescimento. A maior novidade deste ano, além do lançamento de novos vinhos e espumantes, é o início do funcionamento de uma nova unidade de vinificação na área que pertenceu à inglesa Allied Domecq, em Garibaldi, adquirida pela Valduga da francesa Pernod Ricard. Conforme o diretor Juarez Valduga, será uma nova empresa, denominada Domno, dedicada exclusivamente à produção de espumantes pelo método charmat (fermentação em grandes tanques de aço inox), para serem vendidos pelo preço médio de R$ 12,00. Na atual unidade do Vale dos Vinhedos, cada vez mais voltada para o enoturismo, continuarão sendo produzidos espumantes pelo método champenoise (fermentação na garrafa) e os vinhos tops da empresa, estes apenas em anos de safras de uvas excepcionais pela qualidade.
"O mercado brasileiro de espumantes cresceu 15%, em 2007, e as nossas vendas cresceram 25% e, por isso, a empresa decidiu apostar no espumante", diz Juciane Casagrande, diretora-comercial. O faturamento foi de US$ 15 milhões, no ano passado, e deverá ser de US$ 20 milhões, em 2008. Só em sucos, outro destaque, foram vendidos US$ 1 milhão e as máquinas estão trabalhando 24 horas nesta safra para atender a demanda. O grupo, que possui vinhedos também em Encruzilhada do Sul e Mendoza (Argentina), vai fazer uma opção bem radical pelo espumante, passando a ter sua produção 80% voltada para espumante e apenas 20% para os vinhos finos. Dois lançamentos, até junho, serão o Solo, um cabernet sauvignon 2005, "para disputar com os melhores chilenos", segundo Valduga, e o primeiro brandy da empresa, com 20 anos de envelhecimento.
A Valduga também se destaca pela produção de vinagre balsâmico e geléias em sua unidade Casa de Madeira, onde também funciona um restaurante de comida típica dos imigrantes italianos. Oferece boas massas, galeto, costelinhas de porco, polenta, fortaia e, certamente, sopa de capelleti.

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